O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, voltou nesta terça-feira a contrariar determinação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República e reafirmou que não renunciará à presidência nacional do PDT, nem deixará o ministério, a não ser que o presidente Lula lhe ordene que tome uma dessas duas decisões. "O presidente é meu chefe e, quando se sentir insatisfeito com qualquer ministro, pode demiti-lo. Ministério é cargo de confiança do presidente Lula", afirmou Lupi, em visita ao presidente interino do Senado, Federal, senado Tião Viana. Ele foi até o Senado agradecer a agilidade na tramitação do projeto de lei de reconhecimento jurídico das centrais sindicais. "Sou presidente eleito do PDT e dessa posição não abro mão", afirmou, ao ser questionado sobre a decisão da Comissão de Ética Pública da Presidência, que, na semana passada, deu um prazo de dez dias para Lupi deixar a presidência nacional do partido. O fundador da legenda, Leonel Brizola, que morreu em 2004 e de quem ele é admirador declarado, renunciou ao cargo de presidente nacional da sigla nas duas vezes em que foi eleito governador do Rio, por entender que havia razões éticas para fazê-lo, ficando como presidente de honra da agremiação. O mesmo fez Lula depois de ter sido eleito presidente da República, mantendo-se, também, como presidente de honra do PT. Mas, a Comissão de Ética Pública tem a presidência de Marcilio Marques Moreira, representante no Brasil do American Note Bank, que faz as carteiras de Trabalho. Como Carlos Lupi quer mudar a produção do documento para outra empresa, a decisão da Comissão de Ética está sendo contestada.
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