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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Procurador-geral entregou novas provas do mensalão petista ao Supremo

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, encaminhou na semana passada novas provas da existência do mensalão petista ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa. Entre os novos documentos está uma perícia que comprova a transferência de recursos do Banco do Brasil, por intermédio do fundo Visanet, para as contas da DNA, empresa da publicidade que tinha como um dos sócios Marcos Valério, o operador do esquema do mensalão (compra de apoio de parlamentares e partidos) para o PT. A perícia foi feita pelo Instituto de Criminalística da Polícia Federal e deve ficar sob sigilo por envolver dados de movimentação bancária. "São perícias que mostram que o dinheiro fez 'X' rota e foi para a conta 'Y'", afirmou Antonio Fernando de Souza. De acordo com as investigações, o Banco do Brasil pagou antecipadamente R$ 73 milhões à DNA por ordem do então ministro Luiz Gushiken. Por conta desses repasses, Gushiken e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, respondem à ação penal aberta pelo Supremo por peculato (desvio de dinheiro praticado por funcionário público). O procurador enviou também documentos da contabilidade das empresas de Marcos Valério apreendidos pela Polícia Federal no início das investigações. Além desse material, o procurador promete remeter novas provas sobre o mensalão nos próximos dias ao Supremo. Todas essas provas, de acordo com o procurador, robustecem a denúncia do mensalão e comprovam os depoimentos de testemunhas e envolvidos no caso. "A prova pericial veio e constatou que aquilo que se falava era verdade", disse o procurador-geral da República nesta quarta-feira.

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