terça-feira, 30 de outubro de 2007

Procuradores de Estado do Rio Grande do Sul entram em greve

Os procuradores do Rio Grande do Sul entraram nesta segunda-feira em greve por tempo indeterminado. Eles cobram do governo de Yeda Crusius (PSDB) o fato de não terem sido incluídos no projeto em tramitação na Assembléia Legislativa que cria a lei dos subsídios, como ocorreu com Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública. Resumindo: com isso os procuradores querem ganhar salários com referência na remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Em suma, entraram em greve porque não foram incluídos em um projeto de lei para terem aumento de salário estradulante, sem levar em conta, absolutamente, as deploráveis condições financeiras do Estado. Para o presidente da Apergs (Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul), Miguel Arcanjo, houve discriminação, porque o governo excluiu a categoria. E por causa disso os 279 procuradores existentes no Estado, na ativa, entraram em greve. Vale dizer que a greve parece ter todas as características de ilegal, porque viola a decisão do Supremo Tribunal Federal, que determina a observância da Lei de Greve que vigora para a iniciativa privada. A média salarial dos procuradores do Estado já é bastante alta, de R$ 16 mil, mas eles querem ganhar muito mais. Na semana passada, a governadora Yeda Crusius mandou cortar os salários de nove procuradores que extrapolam o teto salarial do Estado (ganham muito mais do que ministros do Supremo Tribunal Federal). Se aumentar os salários dos procuradores ainda trouxesse ganho para o Estado, até poderia se justificar o pedido de aumento que eles querem ter. Ocorre que procuradores não rendem absolutamente nada para o Estado. Eles têm 20 bilhões de reais para cobrar (cobrança da dívida ativa) e não cobram nada. É um desastre. Tudo que a governadora Yeda Crusius deve fazer agora é deixar que os procuradores continuem em greve (os estagiários fazem o serviço dos procuradores) e descontar os dias parados dos mesmos no fim do mês.

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