sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Para preso, padre Júlio não praticou pedofilia

Única pessoa presa até agora sob acusação de extorquir o padre Júlio Lancelotti, em São Paulo, o faxineiro Everson dos Santos Guimarães disse que "nunca viu nenhuma ação que indicasse" que o religioso praticou corrupção de menores ou pedofilia, que a polícia civil paulista está investigando. Guimarães está preso desde 6 de setembro acusado de ajudar o ex-interno da Febem (atual Fundação Casa) Anderson Marcos Batista, 25, e sua mulher, Conceição Eletério, 44, a extorquir mais de R$ 80 mil do padre nos últimos três anos. Assim como Evandro, irmão de Guimarães, o casal é procurado pela polícia. Guimarães afirmou que, entre junho e setembro (quando foi preso), e a mando de Batista, buscou ao menos cinco vezes envelopes com grandes quantias de dinheiro nos locais em que o ex-interno da Febem pedia para ele encontrar o religioso. "Era sempre muito dinheiro. Dava para perceber por causa do volume. Teve vezes em que ele dava R$ 15 mil, R$ 30 mil. A única vez que veio menos dinheiro foi a última, quando fui preso, e tinha R$ 2.000,00", disse Guimarães, que era faxineiro na pensão arrendada por Batista na zona leste de São Paulo. O dinheiro era sempre dividido em maços de R$ 1.000,00. Guimarães disse que o padre ia atrás de Batista "quase que todos os dias" e que quando o religioso não o localizava "ficava nervoso" "Quando Lancelotti não ia lá na pensão, ele ligava para saber de Batista. Ele vivia atrás do Anderson”. Em uma das vezes em que foi encontrar Lancelotti para buscar dinheiro para Batista, Guimarães disse ter levado um tapa na orelha esquerda do religioso quando respondeu não saber o paradeiro do ex-interno da Febem.

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