sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Governo gaúcho corta os salários dos marajás

O governo do Rio Grande do Sul, de Yeda Crusius (PSDB), decidiu limitar o pagamento dos vencimentos de servidores do Executivo ao teto estadual de R$ 22.111,25. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo secretário da Fazenda, Aod Cunha de Moraes Junior. Ela deve atingir um total de 10 funcionários ativos e 24 aposentados, que recebem de R$ 22.239,09 a R$ 43.829,47. A economia anual prevista é de R$ 1,6 milhão por ano. Dos servidores afetados pela decisão, 21 são da própria Secretaria da Fazenda, três da área de segurança pública, nove da Procuradoria-Geral do Estado e um do gabinete da governadora Yeda Crusius (PSDB). O teto salarial foi estabelecido no governo anterior, de Germano Rigotto (PMDB), mas não mexeu nos vencimentos de quem já ganhava acima do limite. O diretor do Tesouro Estadual, o auditor de carreira Mateus Bandeira (petista de carteirinha, antes de ocupar o cargo trabalhava no gabinete do senador petista Aloizio Mercadante), diz que não há jurisprudência que assegure pagamentos superiores ao limite. O secretário da Fazenda também informou que faltarão R$ 272 milhões para fechar as contas de outubro. As despesas devem chegar a R$ 1,170 bilhão, incluindo R$ 860 milhões com pessoal e encargos e R$ 170 milhões da parcela da dívida com o governo Lula. A receita líquida está estimada em irrisórios R$ 898 milhões. O secretário Aod Cunha de Moraes Junior precisa pedir aos fiscais do ICMS que façam uma greve. Quando isso ocorreu pela última vez, há três anos, a arrecadação do Rio Grande do Sul bateu recordes durante os dois meses de duração do movimento grevista dos fiscais.

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