
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), um dos 40 acusados de envolvimento com o Mensalão, disse na sexta-feira que entregaria seu mandato para não passar por essa "tormenta", em uma referência à denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal contra ele. "Eu deixaria todos os meus mandatos, toda minha militância política para não ter tido nenhum minuto dessa tormenta, que é muito dura. Acabei de ser o deputado mais votado do PT. Se pudesse dar meu mandato para não passar por isso, eu daria", disse ele. João Paulo Cunha afirmou que a denúncia afetou não apenas sua vida política, mas também a pessoal, e espera que o processo no Supremo termine rápido e com uma decisão favorável a ele, pois se julga inocente: "Espero que esse calvário termine rápido, pois a pior coisa para um homem é ser acusado por aquilo que não deve”. O parlamentar disse que o escândalo do Mensalão não alterou o partido, mas a vida dos acusados: "A decisão do Supremo não alterada nada a vida do partido. As pessoas que estão envolvidas nesse processo é que precisam de preparação, de uma defesa e se apresentarem perante o Supremo”. João Paulo Cunha é réu no processo pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. A mulher dele, Marcia Regina Cunha, sacou da agência do Banco Rural, em Brasília R$ 50 mil. Inicialmente, ele disse que a mulher havia ido à agência pagar uma conta de TV a cabo. Ele também faltou decoro parlamentar na época, porque mentiu sobre o motivo da ida de sua mulher ao banco e depois mudou a versão, dizendo que o dinheiro ajudou na campanha do PT em Osasco.
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