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domingo, 2 de setembro de 2007
Padre indiciado por crimes cometidos na ditadura de Pinochet
Pela primeira vez na história chilena, um padre da Igreja Católica foi indiciado por abusos de direitos humanos cometidos durante a ditadura militar do general Augusto Pinochet, que comandou o Chile de 1973 a 1990. A Corte de Apelações de Antofagasta, no norte do Chile, indiciou o padre Luis Jorquera Molina e outras 11 pessoas por sua ação em esquadrões da morte durante o regime militar chileno. Jorquera, cujo paradeiro é desconhecido, foi acusado à revelia de encobrir as mortes de 28 dissidentes em uma operação conhecida como Caravana da Morte. Ele era capelão em uma prisão militar instalada no norte do Chile pouco depois do golpe militar no qual Pinochet tomou o poder, em 11 de setembro de 1973. Segundo testemunhas, o padre exumou os corpos das vítimas dois anos depois de seus assassinatos. Os cadáveres foram, então, colocados em sacos e jogados de um avião no mar. Jornais chilenos publicaram declarações de Jorquera nas quais ele nega envolvimento na Caravana da Morte. A Caravana da Morte se tornou um dos casos de violação de direitos humanos mais notórios do regime de Pinochet. Essa operação militar viajava pelo país para assassinar opositores do governo. Calcula-se que 75 pessoas foram executadas pela Caravana da Morte. Mais de 3 mil opositores foram torturados, assassinados ou exilados durante o regime de Pinochet.
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