domingo, 9 de setembro de 2007
Nelson Jobim e vice José Alencar negam haver atrito com militares
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou no sábado que o atrito recente com militares, que criticaram o lançamento do livro-relatório "Direito à Memória e à Verdade" sobre torturas e mortes no regime militar, está ultrapassado. "Não há mais nenhum problema. Os militares compreenderam claramente que esse é o processo democrático. O governo federal, ao ter lançado o livro, determinou o início do encerramento de um processo histórico brasileiro. Não se pode pretender ocultar a memória. Não há nada mais teimoso que o fato. E não se ocultam fatos”, disse ele. Depois do lançamento do livro, o Exército reuniu seu Alto Comando e divulgou uma nota contra a revisão da Lei da Anistia. Ainda no sábado, o vice-presidente da República, José Alencar, também disse não ver qualquer insatisfação entre os militares, nem atrito entre Nelson Jobim e alguns chefes das Forças Armadas: "Eu não vejo disputa, porque está aqui presente o comandante do Exército, general Enzo Peri, o comandante da Marinha almirante Júlio Soares de Moura Neto, e só não esteve presente o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, por outras razões. O que há é um total entendimento e respeito a tudo aquilo que está sendo realizado pelo ministro, que assume em momento difícil, mas em condições de fazer um trabalho excepcional”. Jobim e Alencar participaram no sábado, no Rio de Janeiro, de uma parada naval em homenagem aos 200 anos de nascimento do Almirante Tamandaré, patrono da Marinha.
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