quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Ministério Público Federal ajuíza ação contra João Paulo Cunha e Marcos Valério

O Ministério Público Federal no Distrito Federal entrou com ação de improbidade administrativa contra o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), o publicitário Marcos Valério e outras dez pessoas por envolvimento no escândalo do mensalão, esquema montado pela direção do PT para comprar apoio políticos de parlamentares e partidos ao governo Lula, e para financiar suas campanhas. Também são citados na ação: Ramon Hollerbach, Cristano Paz e Rogério Tolentino, sócios de Marcos Valério na agência de publicidade SMP&B; Simone Vasconcelos, diretora da SMP&B, e sua auxiliar Geiza Dias; Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarame, atuais dirigentes do Banco Rural; Ayanna Tenório, ex-vice-presidente do Banco Rural; Silvana Paz Japiassú, assessora de João Paulo Cunha. Eles também são réus no processo do mensalão. De acordo com a ação, o grupo pagou e recebeu vantagens indevidas que resultaram no enriquecimento ilícito, o que contraria os princípios da administração pública. A ação relata que João Paulo Cunha recebeu recursos indevidos da agência SMP&B com o objetivo de dar tratamento privilegiado na licitação que tramitava na Câmara dos Deputados para contratação de uma agência de publicidade. João Paulo Cunha é réu no processo do mensalão que tramita no Supremo Tribunal Federal e responderá pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. A mulher dele, Marcia Regina Cunha, sacou da agência do Banco Rural, em Brasília, R$ 50 mil. Inicialmente, ele disse que a mulher havia ido à agência pagar uma conta de TV a cabo. Depois, mudou a versão e disse que o dinheiro ajudou na campanha do PT em Osasco.

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