Ministério Público entra na Justiça contra dirigentes do Tribunal de Contas da União

O Ministério Público Federal de Brasília entrou nesta quinta-feira na Justiça com uma ação de improbidade administrativa contra quatro empresas e 13 pessoas, das quais sete servidores públicos, acusados de envolvimento na quadrilha desbaratada pela Operação Sentinela, especializada em compra de pareceres do Tribunal de Contas da União e de fraudes em licitações públicas. Entre os servidores estão quatro altos dirigentes do Tribunal de Contas da União: o secretário-geral de Administração, Antonio José Ferreira da Trindade; a secretária de controle interno, Leila Fonseca dos Santos Vasconcelos Ferreira; a presidente da comissão permanente de licitação, Vera Lúcia de Pinho Borges, e o chefe da segurança, Fernando César Masera Almeida. O esquema, conforme o Ministério Público, consistia em facilitar a vitória das empresas nas concorrências realizadas pelo Tribunal de Contas da União. Pelos cálculos do Ministério Público, os prejuízos causados pelos contratos firmados em decorrência desses processos são de aproximadamente R$ 15,6 milhões. O esquema foi desmantelado em dezembro de 2004, após quase um ano de investigações. Todos os envolvidos já respondem a processo criminal e podem pegar até oito anos de prisão.