domingo, 30 de setembro de 2007

Ministro Walfrido Mares Guia aumentou seus bens em R$ 23,5 milhões nos últimos dois meses

Investigado pela Polícia Federal por suspeita de participação no valerioduto mineiro, o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, construiu carreira no setor de educação, em Minas Gerais, antes mesmo de ingressar na política. Fundou o grupo Pitágoras, em 1966. Nos últimos dois meses, ele agregou R$ 23,5 milhões ao patrimônio com a abertura do capital da Kroton Educacional, que administra a rede de educação Pitágoras, uma das três maiores do País. Walfrido é um dos políticos mineiros sob investigação por ter sido apontado como participante do suposto esquema financeiro ilegal montado para a campanha à reeleição do então governador de Minas Eduardo Azeredo (PSDB), hoje senador. O ministro, vice de Azeredo em seu primeiro mandato (1995-1998), nega participação nas finanças da campanha. O esquema operado por Marcos Valério, segundo a Polícia Federal, ocultou origem e destino de ao menos R$ 28,5 milhões em recursos ilícitos que financiaram a campanha de Azeredo. Walfrido Mares Guia tem uma rede com 595 colégios no País. Há mais seis colégios no Japão e dois próprios em Belo Horizonte. São cerca de 184 mil alunos. No ensino superior, no qual a organização entrou em 2000, são nove faculdades e 14 mil estudantes. No último dia 23 de julho, o grupo Pitágoras abriu suas ações ao mercado. Os sócios-fundadores tiveram as participações reduzidas, mas detêm o controle do grupo, com 51,6% das ações. Ampliaram o patrimônio pessoal, e o capital social da holding Kroton saltou de R$ 58,7 milhões para R$ 455 milhões. O patrimônio de Walfrido está registrado na Samos Participações, empresa usada por ele para obter empréstimo de R$ 511 mil no Banco Rural para pagar dívida do Caixa 2 da campanha de Azeredo em 1998.

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