Um bombardeiro B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos, que transportava por engano seis ogivas nucleares, voou em agosto de Dakota do Norte à Louisiana com os mísseis armados sob as asas, informou nesta quarta-feira a Força Aérea dos Estados Unidos. A tripulação não sabia da carga que transportava, de acordo com a Força Aérea, que decidiu reconhecer publicamente o incidente para tranqüilizar os norte-americanos. "A população não esteve em perigo em momento algum", declarou o porta-voz da força, o tenente-coronel Ed Thomas, à CNN. Devido ao incidente, divulgado pelo jornal "Military Times", foi aberta uma investigação para esclarecer até que ponto foram violadas as normas de segurança sobre armas nucleares. "É um erro enorme que vai provocar a queda de algumas cabeças", disse à CNN o general da reserva e analista militar Don Shepperd. O artigo do "Military Times" afirma que o vôo teve início na base Minot, no estado norte-americano da Dakota do Norte, e terminou na base Barksdale, na Louisiana, no dia 30 de agosto. "Os mísseis cruzeiro avançados (ACM, em inglês) foram carregados no B-52 como parte da retirada de 400 ACM por parte do Pentágono", publicou o artigo. "No entanto, antes que os ACM fossem transportados para Barksdale, as ogivas nucleares deveriam ter sido retiradas", informa o texto. "Os mísseis foram instalados nos tanques sob as asas do bombardeiro", divulgou ainda a publicação. Os ACM possuem uma ogiva nuclear W80-1 com potência de 5 a 150 quilotons, e foram projetados especificamente para serem instalados em aviões B-52 de bombardeio estratégico. O engano só foi descoberto quando o B-52 aterrissou em Barksdale. Isto significa que, durante as três horas e meia de vôo, o paradeiro das ogivas nucleares ficou desconhecido.
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