quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Alunos dormem em frente ao Colégio Júlio de Castilhos em Porto Alegre
Os porto-alegrenses se deparam, há vários dias, com uma cena insólita: alunos do colégio estadual mais tradicional do Rio Grande do Sul, o Júlio de Castilhos, dormindo na frente da escola, em barracas, supostamente fazendo uma vigília para protestar contra o governo estadual e a secretário de Educação, Mariza Abreu. A fonte original para o protesto é a decisão do governo de promover a “enturmação” nas escolas públicas gaúchas. O que vem a ser isto? Ora, na educação pública do Rio Grande do Sul, as escolas começam o ano com suas turmas lotadas, em torno de 40 alunos. Logo ao final do mês de abril essas turmas já estão bastante desfalcadas. Na metade do ano não têm mais do que 10 anos. Grande parte dos alunos se matriculam apenas para ganhar um atestado de que cursam escola, e assim podem se candidatar a uma vaga de trabalho como estagiários. Ninguém quer, na verdade, estudar. A petezada gaúcha, naturalmente, se colocou contra o plano de “enturmação” da Secretaria da Educação, que significa reduzir várias turmas pequenas a uma única turma. Isso implica em demitir professores desnecessários, o que quebra um tabu de petezudos e petralhas, o de que sempre falta professor “por causa dos políticos de partidos neo-liberais, que são contra a educação”. Isso é uma patifaria, mas é a verdade. O Colégio Estadual Júlio de Castilhos foi um dos mais tradicionais e importantes da educação brasileira. Hoje é uma lixeira, com alunos e professores desqualificados, todo mundo fazendo de conta que cumpre um papel. Para se ter uma idéia do papel vergonhoso do Julio de Castilhos: mais de 50% dos alunos da escola “rodam” todos os anos. Isso também “roda” quase a totalidade dos professores. Pensando bem a sério: a) ou essa escola é fechada, por ser absolutamente inútil e difamadora da educação no Rio Grande do Sul, ou 2) entrega-se a escola para a gestão da Brigada Militar, que tranca suas portas e faz funcionar ali um verdadeiro colégio modelo, como aquela que gerenciado pela corporação, e que é a melhor escola pública do Rio Grande do Sul, a Escola Tiradentes. Nessa escola todos os alunos têm aulas o dia inteiro, usam uniforme, comportam-se disciplinada e civilizadamente, e adoram a escola. Esses que estão acampados na praça em frente ao Júlio de Castilhos conspurcam a história da escola. O Júlio de Castilhos iniciou o ano com 3.600 matriculados. Não tem nem um terço disso comparecendo às aulas agora em setembro. E os professores são um fracasso total, na média, porque alguns ainda se salvam. O editor de Videversus recebeu, em 2006, telefonemas de professores do Julio de Castilhos indignados com o estado de coisas na escola. Ainda bem que o Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas vai iniciar uma ampla auditoria da situação operacional da educação gaúcha. Vai ser interessante o resultado inevitável a ser levantado pelos auditores, porque ficará comprovado, de maneira irrefutável, que é a mais deslavada mentira tudo que tem sido afirmado nas últimas décadas pelo sindicatos petista e cutista dos professores. Em tempo: o editor de Videversus foi aluno do Julio de Castilhos, fez parte de jogral, de grupo de teatro, e atuou como liderança estudantil. Naquela época, aos 14 anos, estudantes secundaristas liam Jean Paul Sartre. Hoje, o que lêem os estudantes? Nada.....nada..... nada... No segundo grau, são analfabetos funcionais. O Júlio de Castilhos foi a maior escola formadora de líderes do país. Getúlio Vargas estudou na escola. Hoje quase só forma candidato a marginal. Ou se fecha o Júlio de Castilhos, ou muda o nome da escola. Para quem não sabe, e todos os estudantes do colégio não devem saber: Júlio de Castilhos, o fundador do Partido Republicano no Rio Grande do Sul, foi autor do pensamento (autoritário, é verdade) que preside a vida pública brasileira até hoje. Mas, exigir esse conhecimento de algum aluno do Júlio de Castilhos, decididamente, seria exigir demasiado. O editor de Videversus tem opinião formada: é preciso entregar a Escola Estudual Júlio de Castilhos para a Brigada Militar. Das 2.856 escolas públicas estaduais gaúchas, informa a Secretaria de Educação, 745 delas já fizeram reorganizações (“enturmações”) desde julho, resultando na redução de 1.590 turmas. Por aí dá para imaginar a monstruosidade de desperdício que o contribuinte gaúcho está obrigado a pagar.
6 comentários:
Como é que pode?
Que texto preconceituoso e descontextualizado.
Sinto muito.
Cheira mofo!
Bah q viaje..
Quem é o ignorante q escreveu isso???
Pura ignorancia mesmo!
O Julinho não é uma lixeira como tu disse, pelo contrario, julinho tá sempre na luta por uma educação publica melhor!!!!!
Pura sacanagem isso!!!!
Quem escreveu essa barbaridade??
Quem escreveu frequenta o julinho pra dizer q ele hoje é um lixo???
Acho q não, né!
A pessoa q escreveu isso não sabe direito como tá o colegio hoje.
O julinho não tá um lixo pelo contrario, tá sempre na luta por uma educação publica melhor!!!
Quem é tu pra dizer q hoje só se forma marginal???
Na real o marginal é tu e não os estudantes do julinho!!
Na boa...
Vá se fuder, desgraçado!!!
O ignorante que escreveu isso provavelmente nunca estudou num colégio que tem história como o Julinho, por isso toda essa ignorância...
Vitor Vieira,
Tu é um "troxa" que provavelmente estudou num coléginho particular e se acha no direito de criticar a tudo e todos!!
Te liga!!! Tu é um preconceituoso, e o único lixo aqui é tu!!!
Estudei dois anos no Julio de Castilhos e aprendi muita coisa que colégio particular não ensina,como respeito,amizade(entre professores e alunos),e o que tu nao deve ter aprendido até hoje: que preconceito não leva a nada!!!
- Bons sonhos...
Há de fato problemas a serem resolvidos no Colégio Júlio De Castilhos, assim como nas demais escolas públicas de educação básica em todo estado, inclusive no Colégio Tiradentes, que sim, enfrenta difucultades, apesar da sua persistencia em mater a qualidade de ensino. Concordo que devemos rever a qualidade do Julinho, porém entrega-lo a Brigada, ou pior ainda, privatiza-lo como sugere o atual governo estadual de Yeda, que ao invés de cuidar do estado, prefere vende-lo. Portanto gostaria que a lerem este artigo, se reflita sobre soluções sensatas para a qualidade de ensino de nossas escolas públicas. E não apenas deturpar toda história e conquistas de nossa sociedade.
Postar um comentário