quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Lula, o PT e o Foro de São Paulo

O jornalista Reinaldo Azevedo comprova em seu blog que o presidente Lula atrela a política de relações exteriores do Brasil aos interesses do Foro de São Paulo, uma entidade clandestina que reúne partidos comunistas, guerrilheiros e traficantes, que ele fundou junto com o ditador Fidel Castro. A comprovação é um discurso do próprio Lula, enquanto presidente, que está no site da Presidência da República, mostrando que os interesses nacionais são conduzidos de acordo com os interesses dos grupos comunistas internacionais e traficantes internacionais. Isso explica, por exemplo, a política entreguista dos bens da Petrobras na Bolívia para o "companheiro" trotskista e cocaleiro Evo Morales. Leia o artigo de Reinaldo Azevedo a seguir:

Lula fala do Foro de São Paulo
Qualquer partido brasileiro que pertencesse a uma rede que congregasse militantes de extrema direita seria massacrado pela imprensa em três dias. E com razão. Tanto pior se essa rede abrigasse grupos terroristas e tivesse uma agenda internacionalista. Mais grave ainda se, com tudo isso, tal partido chegasse ao poder. Pois o PT chegou e é membro do Foro de São Paulo, junto com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), dedicada à guerrilha comunista e ao narcotráfico. E o silêncio a respeito é ensurdecedor. O tal Foro foi criado em 1990, entre outros, por Lula e Fidel Castro e reúne partidos e grupos de esquerda e extrema esquerda da América Latina. Em julho de 2005, no aniversário de 15 anos, a reunião dos “companheiros” se deu no Brasil. E Lula discursou para a turma. A íntegra está aqui (http://www.info.planalto.gov.br/download/discursos/pr812.doc) num site oficial do Planalto. Na véspera do início do 3º Congresso do PT — aquele de que falo posts abaixo — cumpre ler a fala do petista, de que destaco alguns trechos (em vermelho), com comentários (em azul): “E eu queria começar com uma visão que eu tenho do Foro de São Paulo. Eu que, junto com alguns companheiros e companheiras aqui, fundei esta instância de participação democrática da esquerda da América Latina, precisei chegar à Presidência da República para descobrir o quanto foi importante termos criado o Foro de São Paulo. (...) nesses 30 meses de governo, em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990, quando éramos poucos, desacreditados e falávamos muito”. A imprensa, de maneira geral, não acredita nem mesmo que o Foro exista. Está aí. O “Marco Aurélio” a que se refere é o “Top Top” Garcia, um dos idealizadores do tal Foro. “Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela”. Chávez, encontro em Havana, Grupo dos Amigos da Venezuela... Eis aí: ficam claras as articulações do foro com o ditador de Cuba — O Partido Comunista daquele país pertence ao grupo — e a movimentação para dar apoio internacional a Chávez, num momento em que ele precisava. A “consolidação do que aconteceu na Venezuela”, a esta altura, ninguém ignora, pode se traduzir por “ditadura”. “E eu quero dizer para vocês que muito mais feliz eu fico quando tomo a informação, pelo Marco Aurélio ou pela imprensa, de que um companheiro do Foro de São Paulo foi eleito presidente da Assembléia, foi eleito prefeito de uma cidade, foi eleito deputado federal, senador, porque significa a aposta decisiva na consolidação da democracia no nosso país”. Eis aí. É um foro que reúne entidades de extrema esquerda, algumas ilegais, que, não obstante, elege pessoas. “Se não fosse assim, o que teria acontecido no Equador com a saída do Lucio Gutiérrez? Embora o Presidente tenha saído, a verdade é que o processo democrático já está mais consolidado do que há dez anos atrás. O que seria da Bolívia com a saída do Carlos Mesa, recentemente, se não houvesse uma consciência democrática mais forte no nosso continente entre todas as forças que compõem aquele país? A vitória de Tabaré, no Uruguai: quantos anos de espera, quantas derrotas, tanto quanto as minhas”. É a confissão da existência de uma agenda do foro e de ajuda mútua, coisas que têm de ser investigadas. À época escrevi e reitero: o passa-moleque que levamos, como país, do governo da Bolívia só não surpreendeu, é evidente, o Foro de São Paulo. Como diz Lula, eles estão todos lá para se ajudar. O que eu gostaria de saber é que tipo de auxílio é prestado, por exemplo, às Farc. Ou, pior, que tipo de colaboração elas têm com o nosso país. Lembro que já prometeram US$ 5 milhões à campanha de Lula, segundo relato de um agente da Abin — o que todos negam (não me digam!). Também concedemos asilo político a um de seus terroristas: Olivério Medina. “Eu estava vendo as imagens do primeiro encontro e fico triste porque a velhice é implacável. A velhice parece que só não mexe com a Clara Charf, que é do mesmo jeito desde que começou o primeiro Foro, mas todos nós, da mesa, envelhecemos muito. Espero que tenha valido a pena envelhecer, Marco Aurélio. Eu me lembro que eu não tinha um fio de cabelo branco, um fio de barba branca e hoje estou aqui, todos estão, de barba branca”. Para quem não lembra, Clara Charf é a mulher de Carlos Marighella. “Vejam que os companheiros do Movimento Sem-Terra fizeram uma grande passeata em Brasília. Organizada, muito organizada. E todo mundo achava que era um grande protesto contra o governo. O que aconteceu? A passeata do Movimento Sem-Terra terminou em festa, porque nós fizemos um acordo entre o governo e o Movimento Sem-Terra pela primeira vez na história, assinando um documento conjunto”. Considerando a agenda do MST, o trecho fala por si mesmo. “Por isso, meus companheiros, minhas companheiras, saio daqui para Brasília com a consciência tranqüila de que esse filho nosso, de 15 anos de idade, chamado Foro de São Paulo, já adquiriu maturidade, já se transformou num adulto sábio. E eu estou certo de que nós poderemos continuar dando contribuição para outras forças políticas, em outros continentes, porque logo, logo, vamos ter que trazer os companheiros de países africanos para participarem do nosso movimento, para que a gente possa transformar as nossas convicções de relações Sul-Sul numa coisa muito verdadeira e não apenas numa coisa teórica”. Há aí o delírio megalômano de sempre, mas é evidente o caráter realmente supranacional do Foro. “Que mal há? Não existe a Internacional da Democracia Cristã?”, poderiam perguntar. Existe, é evidente. Com partidos legais. O tal movimento bolivariano, de Chávez, que se saiba, não pertence ao Foro. Mas é certo que o coronel foi um dos principais beneficiários da existência do grupo. Os bobalhões, supondo sempre que idiotas são os outros, logo indagam: “Está achando o quê? Que haverá uma revolução comunista continental?” Não sejam tolos e não me suponham tolo. Cada país vai chegar o mais longe possível na agenda do grupo. As condições venezuelanas permitem a Chávez a ditadura? Permitem. Os sócios lhe darão apoio. No Brasil, é possível fazer o quê? Entregar a Petrobras quase de mão-beijada à Bolívia e sem soltar um pio? Assim se fará. Revejam o vídeo preparatório do 3º Congresso à luz deste discurso de Lula. Maluquice é ignorar o óbvio. Integram o Foro além dos brasileiros PT e PCdoB: Movimento de Esquerda Revolucionária (Colômbia), Partido Comunista Colombiano, Exército de Libertação Nacional (Colômbia), Forças Armadas Revolucionarias de Colômbia, Partido Comunista de Cuba, Partido Comunista da Argentina, Movimento Clement Payne (Barbados ), Partido Comunista da Bolívia, Partido Comunista do Chile, Partido Socialista do Chile, Partido Popular Costa-Riquenho, Partido Trabalhista de Dominica, Partido de Libertação Dominicano, Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (El Salvador), União Revolucionária Nacional da Guatemala, Aliança do Povo Trabalhador (Guiana), Partido do Trabalho (México), Partido Socialista Popular (México), Partido da Revolução Democrática (México), Frente Sandinista de Libertação Nacional (Nicarágua), Partido Comunista Paraguaio, Partido Pátria Livre (Paraguai), Partido Comunista Peruano, Partido Socialista do Peru, Partido Nacionalista Porto-riquenho, Frente Socialista (Porto Rico), Movimento de Independência Nacional Hostosiano (Porto Rico), Federação Universitária Pró-Independência de Porto Rico, Frente Ampla (Uruguai), Partido Comunista do Uruguai, Partido Socialista do Uruguai, Tupamaros (Uruguai), Partido Comunista da Venezuela”.

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