segunda-feira, 27 de agosto de 2007

"Caso da Mala" coloca presidente de estatal sob inquérito na Argentina

A Justiça argentina investiga o presidente da estatal Enarsa, Exequiel Espinosa, por suspeita de peculato ao autorizar o vôo em que um empresário venezuelano tentou entrar ilegalmente no país levando uma mala com US$ 800 mil. O Escritório Anticorrupção da Argentina, órgão do Ministério da Justiça, apresentou uma denúncia por irregularidades no vôo de 4 de agosto. Nele viajaram Espinosa, funcionários da Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA) e o empresário Guido Antonini Wilson, cuja prisão é pedida pela Interpol. A OA qualificou como irregular a autorização do vôo de Caracas de cinco venezuelanos "cuja viagem não estava prevista", segundo consta no processo. Como conseqüência, a Procuradoria pediu a investigação sobre Espinosa e Victoria Bereziuk, secretária de Claudio Uberti, um dos dignitários argentinos que viajaram de Caracas junto com Antonini e que foi considerado o "responsável político" pelo vôo. A OA acusa ambos de peculato (má gestão de dinheiro público), crime que prevê penas de até 10 anos de prisão. Em outro caso, a Justiça argentina investiga todos os vôos privados que a Enarsa acertou com a companhia Royal Class, contratada para a viagem do chamado "caso da mala". Segundo a empresa Enarsa, após o escândalo, no avião viajaram Espinosa; Uberti, então diretor da Agência de Controle das Concessões Viárias; três diretores da PDVSA, e Daniel Uzcátegui Matheus, filho do vice-presidente da PDVSA, além de Antonini. O caso também levou à renúncia do gerente geral da PDVSA-América, Diego Uzcátegui Matheu. Seu filho Daniel é apontado na Argentina como a pessoa que convidou Antonini a viajar no avião.

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