sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Ata da Anac mostra que governo Lula sabia que pista de Congonhas podia causar desastre

O site do jornalista Claudio Humberto disponilizou há poucos minutos a prova cabal, concreta, de que o governo Lula sabia que um desastre de grandes proporções podia acontecer a qualquer momento no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, como acabou acontecendo no entardecer do dia 17 de julho. Leia a matéria:

24/08/2007 0:02
Governo previa a tragédia da TAM. Nada fez. As autoridades da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil tinham consciência dos perigos da pista do aeroporto de Congonhas antes da tragédia do vôo 3054 da TAM que matou 199 pessoas, segundo documento recebido ontem pela CPI do Apagão Aéreo, na Câmara. Em 13 de dezembro de 2006, durante reunião de técnicos da Infraero, da Anac e das empresas aéreas, discutiu-se a possibilidade de a qualquer momento um avião perder o controle e "atravessar" a pista. O gerente de Padrões de Avaliação de Aeronaves da Anac, comandante Gilberto Schittini, segundo ata da reunião (que ocorreu no Rio de Janeiro), "reportou que os três incidientes ocorridos recentemente poderiam ser considerados indícios de que há um potencial de ocorrências mais graves, com ultrapassagem do final da pista (varar a pista)". Apesar da gravidade da advertência, o governo não adotou qualquer providência para evitar a tragédia, à exeção da reforma da pista principal do aeroporto, mas a liberou para pousos e decolagens antes mesmo de providenciar o grooving (ranhuras) que auxiliam a aterrisagem de aeronaves, especialmente sob chuvas. Além disso, a Anac chegou a fornecer documento falso à Justiça Federal em São Paulo na tentativa (com êxito) de impedir a interdição do aeroporto de Congonhas. A frase do comandante Schittini descreve precisamente o que ocorreria em 17 de julho com o Airbus da TAM, que atravessou a pista e explodiu ao bater no prédio da TAM Express, matando todos os seus passageiros, tripulantes e mais uma dezena de pessoas que se encontravam nas imediações. A ata da reunião foi entregue à CPI do Apagão Aéreo pela própria Denise Abreu (foto), diretora da Anac.

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