domingo, 23 de abril de 2006

AS CONTRADIÇÕES DO MINISTRO DA JUSTIÇA NO EPISÓDIO DE GRAVE QUEBRA DA ORDEM CONSTITUCIONAL DENTRO DO GOVERNO (3)

8) na terça-feira (21 de março) pediu que os procuradores acompanhassem a investigação da Polícia Federal (nesse dia, pela manhã, participou da reunião da “coordenação de campanha” no Planalto – cometeu um ato falho depondo na Comissão de Constituição e Justiça, substituindo "reunião de coordenação de governo" por "reunião de coordenação de campanha", o que evidencia o clima existente dentro do Palácio do Planalto); foi nesse dia que ele avisou a Lula que o governo estava diante de um fato muito grave; 9) no dia 23 (quinta-feira) vai à mansão funcional do Ministério da Fazenda para levar o advogado Arnaldo Malheiros até Palocci, que ele havia indicado; 10) Malheiros saiu da casa de Palocci e foi com Matoso até a Caixa Econômica Federal, para "pegar mais detalhes da situação" (mas, que diabos, ele não é advogado de Palocci, o que foi fazer na Caixa Econômica Federal, ele também está defendendo Matoso?!!!); 10) até aí Marcio Thomaz Bastos diz que ainda não havia "o neco causal" (quá, quá, quá, só ele ainda não tinha visto o "nexo causal", que o País inteiro já enxergava); 11) no dia 24 de março então começa a se delinear integralmente o "nexo causal" que Márcio Thomaz Bastos esperava, com o depoimento para a Polícia Federal de Jeter Ribeiro, funcionário da Caixa Econômica Federal que deixou as suas pegadas no sistema eletrônico (a sua senha e o seu login) ao arrombar a conta de Francenildo; Jeter entregou rapidinho que recebeu a ordem para estuprar a conta de sua superior, Sueli Mascarenhas; no domingo, dia 26 de março, Sueli confirmou que mandou Jeter estuprar a conta, e que entregara o extrato ao caseiro Ricardo Shumann (assessor diretor da presidência da Caixa Econômica Federal, um CC de Matoso); ouvido pela Polícia Federal na manhã da segunda-feira, dia 27, Schumann disse que entregou o extrato a Mattoso; e Mattoso deveria depor nesse mesmo dia 27 de março, segunda-feira, à tarde, como depôs, e confirmou que recebeu a ordem de Palocci e que entregou o extrato de Francenildo para o então ministro da Fazenda.

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