domingo, 5 de janeiro de 2025

Disparada do dólar fez governo do ex-presidiário Lula diminuir as reservas internacionais do Brasil em 7,1%



O Brasil fechou o ano de 2024 com US$ 329,7 bilhões em reservas internacionais. O número representa uma queda de 7,1%, ou US$ 25,3 bilhões, em relação ao patamar do ano anterior (US$ 355 bilhões). O recuo das reservas em 2024 está relacionado, principalmente, com a venda de dólares pelo Banco Central no fim do ano – ao todo, foram US$ 20,07 bilhões injetados no mercado à vista.

Além disso, também foi contabilizada a venda de outros US$ 15 bilhões por meio dos chamados leilões de linha, que são um tipo de empréstimo. Nesse caso, porém, os valores retornam posteriormente para as reservas cambiais. Essas operações se concentraram em dezembro, em meio à disparada do dólar — que fechou 2024 com alta de 27%, a R$ 6,17.

A escalada da moeda norte-americana em 2024 é resultado direto da extrema desconfiança dos investidores nacionais e estrangeiros com os rumos da política econômica do governo do ex-presidiário petista Lula. Tanto é assim que, na Argentina, o dólar caiu e o peso foi a moeda nacional que mais se apreciou em 2024. No Brasil, os investidores fecharam suas posições, tornaram tudo em dólar e saíram do país, indo investir em outros mercados. Um desses mercados foi justamente o argentino. 

Especialmente no fim do último ano, os holofotes ficaram com o quadro fiscal do Brasil, em meio a receios do mercado financeiro sobre a efetividade do pacote de corte de gastos anunciado pelo governo no fim de novembro. 

Alguns analistas apontam que as reservas muito altas também representam um peso para a sociedade. Como são aplicadas em investimentos no exterior, que rendem juros muito mais baixos do que aqueles que governo paga ao emitir papéis no mercado interno (dentro do Brasil), há um chamado "custo de carregamento". Segundo Sérgio Gobetti, economista do IPEA, esse custo de carregamento no Brasil é de cerca de R$ 40 bilhões por ano.

sábado, 4 de janeiro de 2025

Ong belga de apoio ao terrorismo do Hamas move ação na Justiça Federal brasileira contra soldado israelense


A Justiça Federal brasileira determinou que um soldado de Israel, que está em solo brasileiro atualmente, seja investigado pela Polícia Federal por supostos crimes de guerra praticados na Faixa de Gaza. A decisão foi emitida pela juíza federal Raquel Soares Charelli, da Seção Judiciária do Distrito Federal, durante o plantão de 30 de dezembro de 2024.

A queixa foi apresentada à Justiça brasileira pela Fundação Hind Rajab (HRF), que tem sede na Bélgica, é uma ong de apoio ao terrorismo do Hamas e atua internacionalmente denunciando supostos crimes contra a humanidade, crimes de guerra e violações de direitos humanos supostamente praticados na Palestina.


O soldado israelense, que passa uma temporada de férias no Brasil, é acusado de participar da demolição de um quarteirão residencial na Faixa de Gaza com explosivos, fora de situação de combate, em novembro de 2024. No local, casas serviam de abrigo para palestinos deslocados internamente no enclave palestino após o início da guerra entre Israel e Hamas.

Nas mais de 500 páginas dos autos judiciais envolvendo o caso, a Fundação Hind Rajab (HRF) anexou uma série de supostas provas que comprovariam a acusação contra o soldado israelense. Segundo a organização, elas foram coletadas por meio de uma investigação por inteligência de fontes abertas. Ou seja, já se sabe, foram coletadas a partir de informações tendenciosas da organização terrorista Hamas.

Além da investigação, a HRF busca um pedido de prisão provisória do soldado israelense, por risco de fuga ou destruição de provas. A advogada Maira Pinheiro, que representa a Fundação Hind Rajab em solo brasileiro, explica que a decisão está baseada no Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário. O tratado, que criou o Tribunal Penal Internacional (TPI), entrou em vigor em 2002.

“Como o Brasil é signatário do Estatuto de Roma, vale também em território brasileiro a jurisdição universal, ou seja, qualquer país membro deve agir para garantir que os crimes previstos no Estatuto (de guerra, contra a humanidade e genocídio) sejam investigados e punidos. De acordo com o principio da extraterritorialidade, o Brasil tem competência para apurar infrações penais cometidas no exterior quando elas vierem de tratados internacionais e o agente ingressar em território brasileiro”, explicou.


Gangs islâmicas paquistanesas estupraram mais de 250 mil meninas brancas inglesas, e o governo acobertou tudo

A decisão da ministra da salvaguarda, Jess Phillips, de bloquear um inquérito público sobre as gangues de aliciamento de Oldham parece quase inexplicável. Crianças foram estupradas e abusadas por gangues de homens enquanto as autoridades falharam em protegê-las. Uma revisão do abuso em Oldham foi divulgada em 2022, mas seus termos de referência se estenderam apenas de 2011 a 2014. Sobreviventes da cidade disseram que queriam um inquérito liderado pelo governo para cobrir um período mais longo e pegar o que a revisão anterior havia perdido.

Na carta de Jess Phillips ao conselho, revelada pela GB News, ela disse que entendia a força do sentimento na cidade, mas achou melhor que outra revisão local acontecesse. Este é um escândalo que deve ser erradicado completamente e investigado por todo o poder do estado britânico. Vozes que vão de Elon Musk a Kemi Badenoch se juntaram aos apelos por um inquérito. No entanto, o governo parece curiosamente relutante em investigar as falhas das autoridades.

Essa relutância não é nova. Em todo o país, na Inglaterra inteira, em vilas e cidades, em nossas ruas e nas instituições estatais projetadas para proteger os membros mais vulneráveis ​​de nossa sociedade, as autoridades deliberadamente fizeram vista grossa aos abusos horríveis de crianças em grande parte brancas por gangues de homens predominantemente de ascendência paquistanesa.

Com o tempo, detalhes vieram à tona sobre abusos em Rotherham, em Telford, em Rochdale e em dezenas de outros lugares. Mas, com as histórias divulgadas aos poucos, e os detalhes tão horríveis a ponto de serem quase ilegíveis, a escala total do escândalo ainda não chegou ao público.

O parágrafo a seguir é de leitura difícil. Mas você deve lê-lo, se puder. Ele foi extraído da sentença de Mohammed Karrar pelo juiz Peter Rook em 2013, em Oxford. Mohammed preparou sua vítima "para estupro anal coletivo usando uma bomba... Você a submeteu a um estupro coletivo por cinco ou seis homens. Em um ponto, ela tinha quatro homens dentro dela. Uma bola vermelha foi colocada em sua boca para mantê-la quieta”. Sua história é horrível. Também está longe de ser única.

Veja "Anna", de Bradford. Vulnerável e em cuidados residenciais, aos 14 anos fez repetidas denúncias de estupro, abuso e coerção. Quando ela "se casou" com seu agressor em um casamento islâmico tradicional, sua assistente social compareceu à cerimônia. As autoridades então providenciaram que ela fosse adotada pelos pais de seu "marido". Em Telford, Lucy Lowe morreu aos 16 anos ao lado de sua mãe e irmã quando seu agressor ateou fogo em sua casa em 2000. Ela deu à luz o filho de Azhar Ali Mahmood quando tinha apenas 14 anos e estava grávida quando foi morta.

Sua morte foi posteriormente usada para ameaçar outras crianças. O Inquérito de Telford encontrou ameaças particularmente brutais. Quando uma vítima de 12 anos contou à mãe, e a mãe chamou a polícia, "havia cerca de seis ou sete homens asiáticos que vieram à minha casa. Eles ameaçaram minha mãe dizendo que jogariam bombas de gasolina na minha casa se não retirássemos as acusações".

No entanto, em um padrão que se repetiria, as autoridades de Telford fizeram vista grossa. Quando uma revisão independente foi finalmente publicada, em 2022, descobriu que policiais descreveram partes da cidade como uma "área proibida", enquanto testemunhas fizeram várias alegações de corrupção policial e favoritismo em relação à comunidade paquistanesa. Independentemente do motivo, o inquérito descobriu que "havia um nervosismo sobre raça, beirando a relutância em investigar crimes cometidos pelo que foi descrito como a comunidade 'asiática'". Preocupações semelhantes se aplicavam ao conselho, onde as ansiedades sobre parecer racista fizeram com que os oficiais de proteção ignorassem as preocupações simplesmente porque os perpetradores eram asiáticos. Sentiu-se que alguns suspeitos não foram investigados porque isso teria sido "politicamente incorreto". Isso não quer dizer que o conselho não fez nada. Ciente de que os taxistas estavam oferecendo crianças para sexo, em 2006 suspendeu a fiscalização de licenciamento para motoristas, permitindo que motoristas de alto risco continuassem praticando. Como o Inquérito Telford descobriu, isso foi "totalmente devido ao medo de acusações de racismo; foi covarde".

E acima de tudo, havia a preocupação com as relações comunitárias: a equipe sênior do conselho estava aterrorizada que o abuso de crianças "tivesse o potencial de iniciar um 'motim racial'". O resultado foi a estagnação, apesar das autoridades reconhecerem em pelo menos um caso que o abuso por homens asiáticos havia durado "anos e anos". E aconteceu: pelo menos 1.000 meninas foram abusadas na cidade entre 1980 e 2009. No entanto, mesmo essa estimativa conservadora foi contestada por figuras de autoridade, com a polícia de West Mercia.

O superintendente Tom Harding insistiu em 2018 que o número era "sensacionalista". A revisão independente mais tarde considerou-o totalmente plausível. A negação sobre a extensão do problema está profundamente enraizada no sistema político britânico. Às vezes, parece que a abordagem do governo ao multiculturalismo não é defender a lei, mas sim minimizar o risco de agitação entre as comunidades. Confrontado com gangues de homens predominantemente paquistaneses visando crianças predominantemente brancas, o estado sabia exatamente o que fazer. Para o bem das relações comunitárias, teve que enterrar a história.

Em Rotherham, um policial sênior disse a um pai angustiado que a cidade "explodiria" se o abuso rotineiro de crianças brancas por homens de ascendência paquistanesa se tornasse de conhecimento público. Um pai preocupado com o desaparecimento de uma filha foi informado pela polícia que um "namorado asiático mais velho" era um "acessório de moda" para as meninas da cidade. O pai de uma vítima de estupro de 15 anos foi informado de que a agressão poderia significar que ela "aprenderia a lição". A provação foi tão brutal que ela precisou de cirurgia.

Como o Inquérito Jay de 2014 em Rotherham descobriu, crianças foram "encharcadas com gasolina e ameaçadas de serem incendiadas", "ameaçadas com armas", "testemunharam estupros brutalmente violentos e foram ameaçadas de que seriam a próxima vítima se contassem a alguém. Meninas de até 11 anos foram estupradas por um grande número de agressores do sexo masculino, um após o outro". Na mesma cidade, um policial sênior supostamente disse que o abuso estava "acontecendo" há 30 anos, acrescentando "sendo asiáticos, não podemos nos dar ao luxo de que isso venha à tona".

Como o relatório de 2015 de Louise Casey sobre o Conselho de Rotherham descobriu, essa atitude era generalizada. A comunidade paquistanesa representava cerca de 3% da população da cidade, e a história que surgiu era clara: homens paquistaneses estavam aliciando meninas brancas. Como resultado, disse uma testemunha, o conselho estava "apavorado com o impacto na coesão da comunidade". Em toda a cidade, houve pressão sobre as pessoas para "suprimir, manter silêncio ou encobrir" questões relacionadas ao abuso infantil. Uma ex-oficial sênior disse à sua revisão que "x não queria que a cidade se tornasse a capital do abuso infantil do norte. Eles não queriam tumultos".

Os políticos estavam aterrorizados com o impacto na coesão da comunidade. Esse nervosismo significava que havia "uma sensação de que eram os conselheiros de herança paquistanesa que sozinhos 'lidavam' com aquela comunidade", com eles tendo uma "influência desproporcional" no conselho: como disse uma testemunha, "minha experiência do conselho como ele era e é - os homens asiáticos são muito poderosos, e os britânicos brancos são muito conscientes do racismo e têm medo de alegações de racismo, então não há um desafio robusto". Outras preocupações podem ter sido ainda mais sinistras. Em 2016, foi relatado que uma vítima de aliciamento em Rotherham alegou que foi estuprada por um vereador da cidade. Como resultado dessa combinação de fatores, o conselho fez um grande esforço para "encobrir informações e silenciar denunciantes". Nas palavras de testemunhas, "se você quer manter seu emprego, mantenha a cabeça baixa e a boca fechada".

Essa resistência a uma verdade óbvia se repetiu em todo o país. Em 2010, um relatório da Polícia de West Midlands mostrou que as autoridades estavam cientes de que gangues de aliciamento estavam abordando crianças nos portões das escolas. Mas, como o relatório declarou, "o perfil predominante de criminosos de homens muçulmanos paquistaneses... combinado com o perfil predominante de vítimas de mulheres brancas tem o potencial de causar tensões comunitárias significativas". Como resultado, o relatório permaneceu inédito até ser divulgado em resposta a solicitações de Liberdade de Informação (FOI) cinco anos depois.

Em Manchester, um relatório de 2019 concluiu que gangues foram deixadas vagando pelas ruas em parte porque os policiais foram instruídos a procurar em outro lugar. Um detetive policial foi citado por um relatório dizendo que "o grupo-alvo ofensor era predominantemente homens asiáticos e fomos instruídos a tentar obter outras etnias". O governo central teve uma visão semelhante. Em 2020, o Ministério do Interior se recusou a divulgar sua pesquisa sobre gangues de aliciamento, alegando que não seria do "interesse público" fazê-lo. Quando finalmente foi divulgada, revelou-se uma farsa: uma construção de má qualidade que parecia minimizar deliberadamente o papel claro que a etnia desempenhou no fenômeno.

Quando as pessoas tentaram levantar a questão, elas se viram caladas. Em 2004, um documentário do Channel 4 sobre abuso em Bradford foi adiado depois que as forças policiais alertaram que as evidências de "homens asiáticos atacando jovens garotas brancas" poderiam inflamar as tensões raciais. Um dos acobertamentos mais sombrios surgiu em Rochdale. Victoria Agoglia, de quinze anos, uma criança vulnerável sob tutela, morreu em 2003 quando Mohammed Yaqoob, de 50 anos, injetou heroína nela. Na preparação para sua morte, uma revisão publicada no ano passado descobriu que ela havia dado às autoridades informações de que estava "envolvida em exploração sexual, suposto estupro e agressão sexual que exigiam atenção médica". Nenhum resultou em seu resgate. Em toda a cidade, meninas de até 12 anos estavam sendo estupradas por gangues.

Quando as primeiras condenações em Rochdale foram proferidas em 2012, a polícia e o Crown Prosecution Service pediram desculpas por não darem seguimento aos apelos por ajuda. Como disse a ex-deputada trabalhista de Keighley Ann Cryer, as autoridades "estavam petrificadas de serem chamadas de racistas e, portanto, voltaram ao padrão de correção política". Como resultado, apesar de uma criança ter dito à polícia que havia sido estuprada e fornecido evidências de DNA, nenhuma acusação foi movida.

A sensação de que as autoridades acreditavam que uma investigação completa daria mais trabalho do que valia é generalizada. Simon Danczuk, ex-deputado de Rochdale, disse que "políticos trabalhistas seniores" o alertaram contra discutir "a etnia dos perpetradores, por medo de perder votos". Hoje, acredita-se que dezenas de infratores ainda estejam soltos na comunidade.

Embora os medos sobre tensões raciais e correção política tenham deixado o estado frequentemente relutante em proteger as vítimas, as mesmas preocupações têm visto os agressores protegidos. Como o Inquérito Jay em Rotherham descobriu em 2014, em pelo menos dois casos os pais rastrearam suas filhas e tentaram removê-las das casas onde estavam sendo abusadas. A polícia prendeu os pais.

Em outros casos, as crianças vítimas foram presas por comportamento "bêbado e desordeiro", em vez dos homens adultos com quem estavam. Não é de se admirar que Jay tenha descoberto que os jovens na cidade acreditavam que a polícia "não ousava agir contra jovens asiáticos por medo de alegações de racismo".

A proteção dos infratores pode ter ido ainda mais longe. Em pelo menos um caso, quando uma vítima encontrou coragem para ir à polícia, seu agressor parece ter sido avisado. Enquanto ainda estava na delegacia, uma criança recebeu uma mensagem de texto de seu agressor informando que ele estava com sua irmã de 11 anos e que agora era "sua escolha...". A criança optou por não prosseguir com a queixa.

Essas histórias cobrem apenas um pequeno número de cidades. O quadro mais amplo, no entanto, é claro. As consequências também são claras: nenhum policial ou funcionário do governo foi preso por sua má conduta. De fato, em Rotherham, as sanções mais severas enfrentadas pela polícia foram advertências por escrito.

Até mesmo os infratores conseguiram se esquivar de algumas das consequências de suas ações. Apesar de ter sido destituído da cidadania britânica, o líder de uma gangue de aliciamento de Rochdale ainda vive entre suas vítimas, apesar de ter sido ordenado a ser deportado.

Se a Grã-Bretanha quiser se redimir do escândalo da gangue de aliciamento, precisa entender como errou tanto. Isso começa com a atitude de que proteger a imagem de uma sociedade multicultural bem-sucedida importa mais do que a verdade real dessa sociedade multicultural. Não é difícil ver por que os conselhos entraram em pânico quando confrontados com a enorme escala do abuso. Como um estudo recente calculou, um em cada 73 homens muçulmanos que vivem em Rotherham foi processado por seu envolvimento nessas gangues de 1997 a 2016. Esse era um problema quase insolúvel para uma sociedade construída em princípios liberais.

Mesmo agora, discutir principalmente gangues de aliciamento de herança paquistanesa como gangues de aliciamento de herança paquistanesa causa problemas; o IPSO interveio para censurar a Secretária do Interior Suella Braverman por essa alegação no ano passado, citando pesquisas profundamente falhas do Ministério do Interior em sua decisão. No entanto, se não pudermos ser honestos sobre os problemas que estamos enfrentando, não seremos capazes de resolvê-los.

Nas palavras de Guy Dampier, pesquisador do think tank The Legatum Institute: "O escândalo das gangues de estupro foi um produto do multiculturalismo, o que na prática significava que as autoridades faziam vista grossa porque as vítimas eram em sua maioria brancas e seus agressores eram em grande parte etnicamente paquistaneses." Instituições de caridade antirracismo, grupos de pressão e acadêmicos de esquerda conspiraram para sufocar a discussão ou mentir que era apenas um "pânico moral". O resultado são milhares de meninas abusadas e um escândalo que marcou a política britânica."

Consertar essa bagunça começa descobrindo tudo. Como a pesquisa de um de nós, Charlie Peters, mostrou, essas gangues estão ativas em mais de 50 cidades e vilas no Reino Unido — e sem dúvida há mais sobre as quais ainda não ouvimos falar. Mesmo em 2021, descobriu-se que a polícia de South Yorkshire ainda não registrava a etnia dos infratores, com 67% dos casos sem detalhes em Rotherham.

O estado não deve deixar pedra sobre pedra em seus esforços para erradicar esse mal. Como uma vítima disse ao GB News, "um inquérito do governo é a única maneira de responsabilizar o Conselho de Oldham e a Polícia da Grande Manchester por suas enormes falhas que levaram centenas de sobreviventes a serem maltratados e não ouvidos. Um inquérito ao estilo Telford dará respostas aos sobreviventes, mas não dará justiça àqueles que a merecem.” Como o ministro da justiça sombra Robert Jenrick escreveu recentemente nestas páginas, “um inquérito nacional é apenas o começo: precisamos de justiça para as vítimas”. Em suas palavras, “este escândalo terrível continua hoje porque os perpetradores ainda andam livres e os oficiais que o encobriram foram liberados. Os indivíduos que fizeram vista grossa para esses crimes – e alimentaram as mulheres mais vulneráveis ​​aos lobos – deveriam estar na cadeia.”

Rupert Lowe, da Reform UK, convocou um “inquérito público completo, livre e justo” que “mostrará os fatos ao povo britânico e os deixará decidir”. “Não deixe pedra sobre pedra” para responsabilizar os culpados, “incluindo aqueles que agiram para encobrir essas atrocidades”. Para os culpados, a prescrição de Lowe é simples: “deportações e processos, muitos deles”. “Qualquer homem ou mulher considerado cúmplice desses crimes deve ser deportado, incluindo cidadãos com dupla nacionalidade que devem ter sua cidadania retirada. Isso inclui membros da família que estavam cientes do que seus maridos, pais, filhos e irmãos estavam participando. Justiça rápida e brutal é necessária”.

E, acima de tudo, as preocupações com o multiculturalismo não devem mais superar a necessidade de manter o público seguro. Como Dampier aponta, "precisamos acabar com as relações comunitárias de dois níveis e a aplicação da lei igualmente a todos". Robert Jenrick concorda: "para sustentar a ordem na Grã-Bretanha multicultural, o estado considerou necessário aplicar a lei seletivamente. Por décadas, os crimes mais terríveis de grupos da diáspora foram legalizados e ativamente encobertos para evitar a desordem. O estado de direito foi abandonado para sustentar o mito de que a diversidade é nossa força, destruindo as vidas de milhares de meninas brancas da classe trabalhadora no processo. Este escândalo começa com o início da migração em massa. Este caso terrível é o último prego no caixão para os liberais que se apegam ao argumento de que a Grã-Bretanha é uma história de sucesso de integração. A migração em massa deve acabar imediatamente e os estrangeiros processados ​​por seus crimes monstruosos devem ser deportados".

Pode parecer forte. Mas medidas fortes são necessárias. A abordagem suave do estado britânico deixou esse problema apodrecer e apodrecer. Crianças foram abandonadas para sofrer em nome das relações comunitárias, um preço imperdoável. E foi um preço que não trouxe nada: harmonia baseada em mentiras não dura. A fúria pública está aumentando, e há mais motivos para ficar bravo do que se os casos tivessem sido resolvidos rapidamente na época. De fato, o abuso ainda pode estar ocorrendo porque o estado falhou em agir adequadamente antes. É hora de uma nova abordagem. A verdade deve ser trazida à luz. Por Sam Ashworth-Hayes e Charlie Peters, do The Telegraph

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Eduardo Leite vai para o PSD e pretende concorrer à Presidência por esse partido


Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, está de malas prontas para mudar de partido. Ele já completou as conversações com o paulista Gilberto Kassab, proprietário nacional do PSD, e pretende concorrer à Presidência da República, em 2026, por esse partido. Um problema é porque o PSD praticamente inexiste no Rio Grande do Sul e tem apenas um deputado estadual, Dimas Costa, que é inexpressivo. Candidato à Presidência da República precisa demonstrar força política em seu próprio Estado.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Acusado da explosão de Tesla em Las Vegas serviu nas forças especiais dos EUA



O homem que supostamente alugou um Cybertruck da Tesla que explodiu em frente a um hotel em Las Vegas de propriedade do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, serviu nas forças especiais do Exército americano, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira, 2. O Pentágono revelou que Matthew Alan Livelsberger estava de licença na quarta-feira quando o veículo carregado com combustível e fogos de artifício explodiu. As autoridades disseram que uma pessoa que estava dentro do veículo morreu e sete pedestres ficaram feridos.

O xerife de Las Vegas (estado de Nevada, oeste), Kevin McMahill, informou mais tarde que o falecido tinha um ferimento a bala na cabeça. "Descobrimos, através do departamento forense, que o indivíduo havia sofrido um ferimento a bala na cabeça antes da detonação do veículo", declarou McMahill a jornalistas, sugerindo que o suposto autor do ataque poderia ter se suicidado antes da explosão.

Veículos de imprensa americanos informaram que Livelsberger alugou o Tesla Cybertruck, embora as autoridades ainda não tenham confirmado esta versão, nem tampouco a identidade da pessoa morta dentro do veículo. "O Comando de Operações Especiais do Exército dos EUA pode confirmar que Livelsberger estava designado ao comando e tinha permissão de saída aprovada no momento de sua morte", disse o porta-voz da força, sem confirmar se ele era a pessoa dentro do veículo.

O porta-voz militar detalhou que Livelsberger esteve nesta corporação entre 2006 e 2011, antes de servir na Guarda Nacional e na Reserva do Exército antes de entrar para as forças especiais em 2012. O ataque ocorreu horas depois de um homem atropelar com um caminhão uma multidão na cidade de Nova Orleans (Louisiana, sul dos EUA), deixando 14 mortos e mais de 30 feridos.

As autoridades investigaram possíveis vínculos entre os dois ataques. No entanto, horas depois, o FBI (polícia federal americana) anunciou que a explosão em Las Vegas foi um fato "isolado", sem ligação com o atropelamento de Nova Orleans, no qual o motorista agiu sozinho.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Brasil autoriza operação de 66 empresas de apostas eletrônicas



A partir desta quarta-feira (1), a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda, anunciou a autorização de 66 empresas para operar no setor de apostas eletrônicas de quota fixa no Brasil. Para obter essa autorização, as empresas precisam pagar uma outorga de R$ 30 milhões, resultando em um total superior a R$ 2 bilhões arrecadados. O mercado regulado contará com 139 marcas que deverão operar sob o domínio “.bet.br”. Dentre as empresas autorizadas, 14 receberam liberações definitivas, enquanto 52 obtiveram autorizações provisórias. As entidades que não forem autorizadas estarão impedidas de realizar transações financeiras e serão bloqueadas na internet. Essa regulamentação tem como objetivo resolver problemas estruturais do setor e reduzir os riscos associados às apostas, incluindo o jogo problemático.

Além disso, a nova legislação proíbe a concessão de crédito e a oferta de bônus de entrada para os apostadores. A identificação dos usuários será rigorosa, exigindo o uso do CPF e reconhecimento facial para garantir a segurança e a responsabilidade nas práticas de jogo. Essas medidas visam criar um ambiente mais seguro para os apostadores e prevenir comportamentos de risco. O secretário de Prêmios e Apostas, Regis Anderson Dudena, ressaltou que a regulamentação foi viabilizada pela sanção da Lei nº 14.790, que ocorreu em dezembro de 2023.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Conheça a gigantesca folha de pagamento de Soros para ongs no Brasil, é uma oceânica intervenção externa





Um número significativo (e cada vez maior) de organizações representadas nos meios de comunicação, no Judiciário e no Congresso têm algo em comum: elas ganharam um peso desproporcional no debate público do Brasil graças aos repasses do bilionário húngaro George Soros, criador da Open Society Foundations. Muitas dessas entidades defendem causas rejeitadas pela maioria dos brasileiros, como a legalização do aborto, a descriminalização das drogas e a libertação de presos perigosos (o chamado “desencarceramento”). Mas, graças à injeção de recursos da Open Society, essas entidades passaram a ocupar um espaço privilegiado.

O Instituto Monte Castelo compilou os dados sobre todas as 283 organizações financiadas pela Fundação Open Society no Brasil entre 2016 e 2023. O levantamento inclui tanto organizações brasileiras quanto entidades estrangeiras que receberam para atuar no Brasil. O valor total é 627,7 milhões de reais. Repasses feitos antes de 2016 não foram divulgados pela Open Society. (clicando em Detalhes você é levado direto à página do Instituto Monte Castelo que contém os detalhamentos de cada um dos financiamentos da Open Society de George Soros):
As organizações financiadas por George Soros no Brasil (2016-2023) - Valores atualizados em dezembro de 2024


Associação Direitos Humanos em Rede (Conectas) R$ 34.039.966,00
Instituto Clima e Sociedade R$ 23.865.871,00
Instituto IncubeR$18.058.471,00
Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) R$ 14.735.135,00
Fundo Brasil de Direitos Humanos R$ 4.032.332,00
Igarapé INC R$ 12.993.853
Nossas Cidades R$ 12.891.211,00
Instituto Sou da Paz R$ 11.155.597,00
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) R$ 9.660.051,00
Fórum Brasileiro de Segurança Pública R$ 8.829.025,00
Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP R$ 8.798.079,00
Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) R$ 8.655.470,00
Instituto Makarapy R$ 8.249.000,00
Fundação Getúlio Vargas R$ 7.199.356,00
Instituto de Referência Negra Peregum R$ 6.885.262,00
Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas R$ 6.870.372,00
Associação Artigo 19 Brasil R$ 6.651.964,00
Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa R$ 6.642.481,00
Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) R$ 6.405.711,00
Associação Redes de Desenvolvimento da Maré6.R$ 260.406,00
Federação de Órgaos para Assistência Social e Educacional (FASE) R$ 6.051.049,00
ONU Mulheres R$ 5.993.697,00
Instituto de Estudos da Religião (ISER) R$ 5.886.466,00
GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra R$ 5.811.887,00
Plataforma CIPÓ5. 566.849
Sleeping Giants Brasil5. 552.323
Fundo Angela Borba de Recursos Para Mulheres 5.183.286
Fundação Parápaz 5.149.995
Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares 5.149.995
Associação Marielle Franco 4.830.759
Instituto Update 4.772.640
Associação Casa Fluminense 4.770.425
Associação Transparência e Integridade 4.711.909
Instituto Procomum 4.665.337
Terra de Direitos 4.628.007
Coletivo Papo Reto 4.589.881
Instituto Novos Paradigmas 4.525.705
Instituto Cidades Sustentáveis 4.464.750
Agência Mural de Jornalismo das Periferias 4.442.810
Escola de Ativismo 4.431.007
Associação Comunicação em Rede 4.260.061
Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (GAJOP) 4.202.950
Anistia Internacional Brasil 4.154.050
Instituto de Tecnologia e Sociedade 4.080.680
Centro de Convivência É de Lei 4.064.116
Observatório de Favelas do Rio de Janeiro 3.981.125
Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ)3.906.037
Baobá – Fundo para Equidade Racial3.653.982
Instituto Vladimir Herzog3.647.887
Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero3.552.717
Open Knowledge Brasil3.541.700es
Maranta Inteligência Política3.533.799
Corporación Movilizatorio3.496.323
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)3.424.962
SOS CORPO - Instituto Feminista Para a Democracia3.423.712
Associação InternetLab de Pequisa em Direito e Tecnológica3.399.880
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA)3.399.340
Associação Data Labe3.388.387
Criola3.344.480
Associação Coletivo Cultural3.291.000
Rede Liberdade3.212.065
Fundo Socioambiental CASA3.090.000
Centro de Jornalismo Investigativo (Agência Pública)2.999.622
Fundo Brasileiro para a Biodiversidade2.996.849
Made - Centro de Pesquisa em Macroeconomia Das desigualdades da FEA/USP2.996.849
Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social2.739.820
Justiça Global2.672.842
Comunitas2.669.682
Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)2.571.600
Instituto Cidade Democrática2.568.125
Instituto AMMA Psique e Negritude2.567.950
Fundação Instituto Fernando Henrique Cardoso (Instituto FHC)2.548.143
Olabi.Org2.528.424
Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC)2.435.902
Instituto Socioambiental (ISA)2.353.250
Visão Mundial2.330.260
Associação Purpose2.313.000
Instituto de Defesa da População Negra (IDPN)2.275.484
JUSTA2.246.600
União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (UNAS)2.221.711
Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI/UFF)2.103.900
Instituto Desinstitute2.091.887
Centro Brasil no Clima2.066.475
Instituto Sincronicidade Para a Interação Social (ISPIS)2.058.850
Odara Instituto da Mulher Negra2.054.450
Fundação Universitária José Bonifácio - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)2.045.758
Instituto Movimento & Vida2.021.050
Woodrow Wilson International Center for Scholars1.997.899
Fundação de Desenvolvimento da UNICAMP (FUNCAMP)1.997.899
Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM)1.996.466
Instituto Afrolatinas1.982.934
Fogo Cruzado1.936.200
Escola de Jornalismo1.924.340
Instituto Alziras1.916.587
Quebrando o Tabu1.902.454
Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (CEDECA Ceará)1.897.250
Associação Azmina1.887.779
Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial1.851.750
Rede de Redução de Danos e Profissionais do Sexo do Distrito Federal e Entorno Tulipas do Cerrado1.837.750
Instituto PROMUNDO1.734.713
Washington Brazil Office1.721.824
Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé1.719.412
Associação Civil Instituto Escolhas1.685.275
Chicas Poderosas Inc1.651.950
Ashoka1.644.300
Ponte Jornalismo1.611.020
Uma Gota No Oceano1.594.500
Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS1.547.147
Associação Coletivo Movimentos1.547.102
Alma Preta Jornalismo1.544.750
Católicas pelo Direito de Decidir1.498.424
Associação Mais LGBT1.498.424
Gênero e Numero Comunicação1.463.084
Instituto Nicho 541.413.750
Instituto São Paulo Sustentável (ISPS)1.396.000
Sete Léguas Filmes1.388.500
Campanha Latino Americana pelo Direito à Educação1.388.063
Escola Livre de Redução de Danos1.373.553
Ação Educativa1.367.363
Fala Produções e Filmes1.359.414
Social Insight Consultoria1.347.500
Instituto Vero1.347.500
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas1.325.045
Instituto Cidade Segura1.311.900
Transparência Internacional1.302.922
Instituto Ethos - Empresas e Responsabilidade Social1.293.990
Associação LabJaca1.277.737
Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns (Comissão Arns)1.264.800
Observatorio da Branquitude1.248.687
Instituto Democracia e Sustentabilidade1.248.687
Empresa Folha da Manhã (Folha de S. Paulo)1.244.975
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI)1.190.375
Instituto Maria e João Aleixo1.157.750
Instituto Cultural Cultne1.131.000
Instituto Talanoa1.126.512
Viva Rio1.106.600
Repórter Brasil – Organização de Comunicação e Projetos Sociais1.106.111
Oxfam Brasil1.098.845
E Se Fosse Você1.097.575
Laboratório do Observatório do Clima1.078.000
Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (GEMAA - UERJ)1.078.000
Fundação Tide Setubal1.078.000
First Look (Intercept Brasil)1.063.980
Associação Elas Existem - Mulheres encarceradas1.063.980
Repasses avulsos/Não identificados1.046.685
Rede de Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME)1.038.475
A Tenda das Candidatas1.038.475
Associação Nacional de Quilombos para Cooperação - Negra Anastácia1.028.250
INSPER1.028.000
Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial1.028.000
Associação de Profissionais do Audiovisual Negro1.028.000
Vetor Brasil998.950
Mutirão pela Cidadania998.950
Instituto Oyá998.950
Fundação Bienal de São Paulo998.950
Articulação Nacional das Mulheres Indígenas, Guerreiras da Ancestralidades998.950
International Rivers Network990.375
APAE São Paulo966.483
Faculdades Católicas (PUC Rio)925.200
The Trustees of Columbia University in the City of New York916.300
Center for Economic and Policy Research - Centro de Pesquisa em Economia e Políticas Públicas (CEPR)916.300
Casa Sueli Carneiro899.500
Agência de Iniciativas Cidadãs899.055
Instituto Nupef - Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação873.750
Social Science Research Council860.790
Centro de Defesa da Vida Herbert de Sousa845.256
Centro de Pesquisa e Ensino em Ciencias Sociais (CEPECS)819.720
Instituto Identidades do Brasil808.500
Instituto da Hora808.500
Casa da Mulher do Nordeste808.500
Associação Legisla Brasil808.475
Matulja Comunicação e Editoração796.500
Horizontal789.300
Think Olga779.925
Not1More Trust772.500
Associação Amazônia Real de Jornalismo Independente772.000
Stichting Center for Climate Crime Analysis771.000
Instituto Luiz Gonzaga Pinto da Silva Gama771.000
Instituto Cultural Iracema771.000
Instituto Mãe Crioula749.212
Fundación para la Información y Difusión del Cambio Climático Climate Tracker749.212
Fundación Mutante749.212
Gestos - HIV+, Comunicação e Gênero738.875
Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) - Fiocruz725.650
NMP Comunicação e Jornalismo (Nós, Mulheres da Periferia)694.250
Associação Livres688.150
Associação InfoAmazonia668.200
Revolusolar624.926
Associação das Mulheres Diplomatas do Brasil624.343
Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia624.343
Sitawi606.350
Research Foundation of CUNY / John Jay College601.289
Instituto Tucundubá599.370
Laboratório Digital para Transformação Social - Alafia Lab565.400
Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS)548.520
Reos Partners Brazil539.000
PerifaLAB539.000
Na Boca do Lobo Produções Artísticas539.000
Centro Afro Carioca de Cinema539.000
Associação Terra e Liberdade539.000
Associação dos Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia539.000
Inumeráveis515.000
Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará515.000
Associação Vale do Dendê515.000
Zumvi – Arquivo Afro Fotográfico514.000
Transparência Brasil514.000
Rede pela Humanização do Parto e Nascimento514.000
Pacto Pela Democracia514.000
Kilomba Produções514.000
Grupo Curumim Gestação e Parto514.000
Fórum Itinerante do Cinema Negro (FICINE)514.000
Espiral Criação e Produção Cultural514.000
Bloco A514.000
Rede A Ponte499.475
Novelo Podcasts e Produções LTDA499.475
Instituto Intercidadania499.475
Girl Up Brasil499.475
Fundação SOS Mata Atlântica499.475
Avançar - Associação de Estudos em Políticas Sociais499.475
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)475.500
Associação Antonio Vieira463.500
Negritar Filmes e Produções431.200
Eokoe Soluçoes Tecnológicas LTDA429.860
Ilê Axé Omiojuarô398.250
Esperançar398.250
Coletivo de Entidades Negras (CEN)395.696
Rádio Mundial394.500
Grupo Adolescer: Saúde, Educação e Cidadania394.500
Fundação Alana USA (Instituto Alana)394.500
Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FFM-USP)394.496
Instituto Centro de Vida386.250
Agência de Noticias dos Direitos da Infância (ANDI)386.250
Associacao Agroecologica Tijupá385.500
Coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste378.435
Redemunho Produções Artísticas e Culturais365.400
Centro de Estudos Paulista de Psiquiatria341.621
Associação Impact Hub Brasil321.250
Centro de Estudo da Mídia Marco Zero Conteúdo315.600
AppCívico315.600
Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH)314.090
Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência303.992
Associação Franciscana de Defesa de Direitos e Formação Popular (AFDDFP)303.765
MariaLab286.943
Mira Filmes257.500
Memorial Chico Mendes257.500
Associação Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB)257.500
Rede Autoestima-se257.000
Fundação Escola Superior da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro257.000
Universidades Aliadas por Medicamentos Essenciais (UAEM Brasil)253.815
Pour Le Brésil 249.737
Instituto Matizes - Pesquisa e Educação em Diversidade LTDA249.737
KINOTV236.700
Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente (SAMII)215.600
Instituto Betty e Jacob Lafer207.830
Alain Schraner Microempresa206.000
Associação Cultural de Estudos Contemporâneos205.893
Observatório da Criança e do Adolescente191.520
Instituto de Pesquisa e Informação em Políticas Públicas (INPEI)159.600
Frente de Assistência à Criança Carente (FACC)143.003
Representa Produções128.750
Gema Consultoria em Equidade128.750
Bombozila128.750
Ame o Tucunduba128.750
Agência Nossa de Jornalismo128.750
Nexo Jornal107.800
Disco Voadora98.625
Women Help Women95.760
PerifaConnection92.700
J T V Faria Produção de Conteúdo (Jout Jout)91.350
Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV)91.350
Comissão Pastoral da Terra91.350
Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids - São Luís (RNP+ São Luís)87.250
Grupo Pela Vidda86.733
Instituto de Arquitetos do Brasil79.800
dados.org79.800
Associação Conselho Britânico 79.800
REDEH – Rede de Desenvolvimento Humano 77.250
Instituto Educadigital 73.080
Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) 69.800
Catalize Lab 61.665
Instituto DH: Promoção, Pesquisa e Intervenção em Direitos Humanos e Cidadania 59.175
Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) 48.832
Associação dos Juizes Federais do Brasil (Ajufe) 39.450
Ecoverde Produções Jornalísticas e Editoriais 16.138

domingo, 29 de dezembro de 2024

Trump pede à Suprema Corte que suspenda lei que bane Tik Tok dos Estados Unidos e cita censura do Brasil

tiktok trump


O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à Suprema Corte que autorize uma negociação para evitar o banimento do TikTok no país. A medida surge em meio a um intenso debate político e jurídico envolvendo a plataforma de vídeos curtos e questões de segurança nacional. Em um documento enviado ao tribunal, Trump afirmou que deseja “resolver os problemas por meios políticos” assim que assumir o cargo, destacando que ele possui “a expertise em negociações, o mandato eleitoral e a vontade política necessários para salvar a plataforma”.

A Suprema Corte aceitou recentemente ouvir argumentos sobre a constitucionalidade de uma lei aprovada pelo Congresso que proíbe o TikTok com base em questões de segurança nacional. A legislação permite ao presidente adiar a implementação da proibição caso haja avanços em um acordo que garanta que o TikTok não esteja completamente controlado pela empresa chinesa ByteDance.

O prazo para a decisão é 19 de janeiro, um dia antes da posse de Trump. No entanto, em seu pedido à Suprema Corte, Trump argumenta que a prorrogação do prazo permitiria negociar um acordo que eliminaria a necessidade de uma decisão judicial em caráter de urgência sobre a questão, considerada historicamente desafiadora do ponto de vista da Primeira Emenda, que defende a liberdade de expressão dos cidadãos americanos.

Trump não revelou detalhes sobre o possível acordo, mas uma solução provável envolveria a venda de uma parte significativa da ByteDance para uma empresa americana. O presidente eleito também mencionou sua experiência como usuário ativo da plataforma, onde possui mais de 14 milhões de seguidores, além de ser proprietário da Truth Social, como prova de sua capacidade de avaliar a importância do TikTok para a liberdade de expressão.

Ele ainda citou a suspensão temporária do X (antigo Twitter), de Elon Musk, no Brasil como um exemplo dos “perigos históricos” que um governo pode apresentar ao proibir uma rede social. Durante seu primeiro mandato, Trump defendeu o banimento do TikTok, mas mudou de postura após sua campanha eleitoral de 2024 usar a plataforma com sucesso. Recentemente, Trump se encontrou com o CEO do TikTok, Shou Chew, em Mar-a-Lago, e afirmou em um evento que “talvez devamos manter essa coisa por mais um tempo”.

Apesar da tentativa de Trump, há forte pressão política para que a proibição seja mantida. Um grupo de senadores e congressistas, incluindo Mitch McConnell e Ro Khanna, junto a 22 estados norte-americanos e o ex-presidente da FCC Ajit Pai, apresentou petições pedindo à Suprema Corte que rejeite o recurso do TikTok. A decisão final sobre o destino da plataforma nos Estados Unidos continua nas mãos da Suprema Corte, enquanto o presidente eleito busca um acordo que promete prolongar o debate sobre o tema

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Dólar encerrou a semana em alta



Sem leilões do Banco Central, o mercado de câmbio voltou a acompanhar no Brasil o movimento de valorização do dólar frente às moedas de economias emergentes. Dados fracos da indústria na China, principal destino das commodities industriais, e a alta leve nos juros pagos pelos Treasuries sustentaram mais um dia de fortalecimento da moeda americana no mundo. Já entre as explicações domésticas ao comportamento do câmbio nesta sexta-feira, operadores citam fatores técnicos, relacionados à rolagem de contratos cambiais futuros, e remessas ao exterior de lucros e dividendos de investimentos no Brasil.

A desaceleração da inflação, mostrada pela leitura de dezembro do IPCA-15, ajudou a aliviar a pressão sobre os juros no curto prazo, porém de forma contida porque a leitura qualitativa do índice segue ruim, com os serviços subjacentes avançando.

O mercado de trabalho apertado, como confirmado pela taxa de desemprego em 6,1%, o menor nível da série estatística de 12 anos, também reforçou a leitura de que o Banco Central terá de ser mesmo firme para buscar a convergência da inflação à meta. Porém, a tendência de juros mais altos no Brasil não ajudou a impulsionar o real, dado o olhar dos investidores para os riscos fiscais, agravados pela possibilidade de a crise das emendas prejudicar o andamento no Congresso da agenda econômica, que inclui o orçamento do ano que vem.

Assim, após bater a máxima de R$ 6,2154 e marcar valorização de 0,58% nos dez primeiros minutos do pregão, o dólar teve uma breve queda ainda na primeira hora da sessão. Chegou a R$ 6,1712 (-0,13%), a mínima do dia, sob a influência da primeira coleta de taxas para a formação da Ptax diária, a penúltima de 2024. No resto do pregão, no entanto, voltou ao terreno positivo, com a moeda americana marcando alta de 0,22%, a R$ 6,1931, no fechamento desta sexta-feira.

Economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa comenta que, sem injeção de liquidez do Banco Central, o desempenho do real ficou mais próximo de seus pares emergentes. Ele observa que, à medida que a posse de Donald Trump nos Estados Unidos se aproxima, as moedas desses países tendem a refletir cada vez mais a perspectiva das tarifas prometidas pelo futuro presidente. "Além disso, a dúvida fiscal continua presente. O mercado aguarda o anúncio pelo governo de mais medidas de ajuste".

Segundo o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, o mercado, que vem mostrando forte aversão a risco, não acredita em recuperação consistente do real, dada a perspectiva de elevação da dívida pública. Ele cita uma percepção de investidores de que os juros não vão ter tanta eficácia para reduzir inflação, dado o repasse cambial, de forma que, entende, será necessário que o Banco Central venda mais dólares.

"A dominância fiscal entrou no radar, deixando o dólar sob pressão. Sem apoio razoável no Congresso, em meio ao impasse das emendas, o governo vai ter mais dificuldade de aprovar medidas fiscais. Então, se não houver um choque fiscal muito forte, capaz de estabilizar a divida, não há razão para o dólar cair", afirma Velho.

Shabat shalom

 


terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Morreu Alceu Collares, ex-governador do Rio Grande do Sul, aos 97 anos



Morreu às 2h40min desta terça-feira, 24 de dezembro, aos 97 anos, no hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, o ex-governador e ex-prefeito da capital gaúcha, Alceu de Deus Collares (PDT). Ele estava internado há oito dias, após o agravamento de um quadro respiratório. O velório e as últimas homenagens ao líder pedetista ocorrerão nesta quarta-feira, 25 de dezembro, no Palácio Piratini. A cerimônia acontecerá das 11h às 16h e será aberta ao público. O sepultamento, no final do dia, será no cemitério Jardim da Paz.

Portador de enfisema pulmonar, o ex-governador havia apresentado falta de ar na segunda-feira da semana passada, 16, quando foi levado pela esposa, Neuza Canabarro, ao hospital. Cumprido o isolamento protocolar inicial, foi transferido para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) na terça-feira, 17, onde permanecia sob sedação leve.

Até o domingo, 22, seu quadro clínico inspirava cuidados, mas era estável. Na madrugada de domingo para segunda-feira, contudo, a situação piorou. O quadro seguiu se agravando durante todo o dia. A tal ponto que o hospital optou por divulgar um segundo boletim médico no início da noite da segunda-feira, 23. Desde o sábado, estavam sendo divulgados boletins pela manhã, e a cada 24 horas. A morte foi confirmada em um último boletim, divulgado às 6h34min da manhã desta terça-feira, 24.

Alceu Collares tinha enfisema pulmonar há aproximadamente oito anos. A condição é crônica, e reduz a capacidade respiratória. Recentemente, em novembro, o líder pedetista tratou ainda de uma pneumonia. Mesmo após o período de recuperação, seguiu com algumas dificuldades. Ele também era portador de outras comorbidades.

No decorrer da trajetória política, além de governador e prefeito, foi também vereador e cinco vezes deputado federal. Viveu em uma época de efervescência no País e pautou sua atuação na defesa de direitos trabalhistas e no destaque para a área da educação, bandeira histórica do trabalhismo ao qual teve a vida política vinculada. Na carreira, e principalmente à frente dos mandatos executivos, criou e também enfrentou polêmicas. A oratória era uma de suas características marcantes, acompanhada pelo vozeirão e pelo sorriso largo, que fácil se transformava em gargalhada sonora.



Alceu de Deus Collares entra para a história como uma das mais importantes lideranças do PDT gaúcho. Em 70 anos de trajetória política, alcançou destaque nacional a partir dos anos 60, e se manteve em atividade até há poucos anos. No Rio Grande do Sul era considerado um dos herdeiros políticos, e o de maior estatura, do “velho trabalhismo” de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola.

Collares nasceu em Bagé, em 7 de setembro de 1927. Antes de se formar em Direito, em Porto Alegre, em 1958, trabalhou como distribuidor de jornais e quitandeiro. Também foi telegrafista e professor. Ainda durante a graduação, filiou-se ao PTB. E, em 1962, foi eleito vereador na capital gaúcha pela primeira vez.

Três anos depois, já durante o regime militar, e com a implementação do bipartidarismo determinada pelo regime, passou a integrar a sigla de oposição, o MDB. Pelo partido, se reelegeu vereador em 1968 e deputado federal pela primeira vez em 1970, com mais de 120 mil votos, sendo o mais votado da legenda no Rio Grande do Sul para a Câmara dos Deputados naquele ano. Em 1974 se reelegeu, de novo como o mais votado do MDB gaúcho. Em 1978 conquistou o terceiro mandato de deputado federal.

Na Câmara, se mobilizou pelo retorno das eleições diretas para a Presidência da República e pautou sua atuação pela defesa dos direitos trabalhistas, como mudança nos critérios de fixação do salário-mínimo, liberdade sindical, reformulação do direito de greve, instituição do seguro-desemprego e participação de trabalhadores nos lucros das empresas.

Com a extinção do bipartidarismo, em 1979, se aglutinou aos políticos liderados por Brizola para a reorganização do PTB. O grupo acabou perdendo a legenda para Ivete Vargas, e fundou então o PDT, em 1980. Para Collares, um dos fundadores, coube o posto de líder do PDT na Câmara.

Em 1982, nas primeiras eleições para o governo do Rio Grande do Sul dentro do período de redemocratização, concorreu pelo PDT, ficando em terceiro lugar. O pleito foi vencido pelo candidato da situação, Jair Soares, do PDS. Em 1985, disputou a prefeitura de Porto Alegre e venceu a eleição. Anunciou como prioridades a educação e o compromisso com uma administração democrática. Com o País tomado pela efervescência política, fez forte oposição ao governo do presidente José Sarney (PMDB), intensificou a campanha por eleições diretas para a presidência e a candidatura de Leonel Brizola.

Nos anos seguintes, enfrentou desgastes em sua administração, com denúncias de não cumprimento das promessas de campanha. Durante o mandato, contudo, inaugurou a primeira etapa da urbanização da orla do Guaíba e duas dezenas de Centros Integrados de Educação Municipal (Ciems), que ofereciam educação integral e múltiplos atendimentos aos alunos. Não conseguiu fazer o sucessor. Uma greve devastadora dos garis da prefeitura, que soterrou a capital gaúcha no lixo acumulado nas ruas, liquidou as chances do então deputado estadual Carlos Araújo, candidato do PDT, ficou em terceiro lugar no pleito, vencido pelo petista Olívio Dutra. Araújo não era o candidato preferido de Brizola e foi boicotado pela administração de Collares. A chefia da campanha dele ficou com sua mulher, Dilma Rousseff, ex-desastrada secretária da Fazenda do governo de Collares na prefeitura.

Em 1990, Collares concorreu novamente ao governo do Estado, em uma frente que reuniu PDT, PSDB e PCdoB. Durante a campanha, enfrentou novas denúncias sobre sua administração na prefeitura da Capital, que acirraram a disputa, mas venceu a eleição. Ao assumir, no ano seguinte, seguiu o movimento liderado por Brizola, então em segundo mandato como governador do Rio de Janeiro, de aproximação com o presidente eleito, Fernando Collor de Mello (PRN). Em conjunto com os governadores do Paraná e de Santa Catarina, Collares anunciou o que seriam as bases de um entendimento nacional, sendo as principais o aumento do salário-mínimo, a renegociação das dívidas dos governos estaduais e as reformas constitucional e tributária.

A aproximação se diluiu com o processo de impeachment de Collor, em 1992, mas já havia gerado forte desgaste tanto para Brizola como para Collares. Durante o governo de Itamar Franco (PRN), Collares seguiu defendendo um pacto entre as forças políticas nacionais e pleiteando alteração na proporção, por região, das bancadas na Câmara Federal, de forma a melhorar a distribuição de recursos para o Sul e o Sudeste. Na campanha para o plebiscito de 1993, criticou a decisão do PDT de fechar questão em prol do presidencialismo. Apesar de se intitular parlamentarista, acabou recuando de sua posição, declarando que o País não estava preparado para a adoção do sistema.

No comando do Executivo gaúcho, criou os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) e promoveu uma reforma administrativa. Na educação, implantou nas escolas públicas estaduais o sistema de calendário rotativo, com três períodos diferentes de ano letivo. A exemplo do que havia feito na prefeitura, inaugurou 74 Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), voltados para o atendimento de estudantes de baixa renda do Ensino Fundamental, com horário integral e oferta de lazer e atendimento múltiplo de saúde. A gestão financeira do Estado só se sustentou porque o secretário da Fazenda “inventou” o Caixa Único no Tesouro Estadual, passando a se apropriar das receitas das empresas estatais.

Ainda em 1993, anunciou sua pretensão de se candidatar ao Senado no ano seguinte. Uma série de denúncias sobre seu governo, contudo, acabou por inviabilizar o movimento. Trazidas a público por um empresário, as acusações apontavam a existência de uma rede de corrupção e tráfico de influência que envolvia, além do cunhado de Collares e irmão da primeira-dama e secretária de Educação, Neuza Canabarro, integrantes do primeiro escalão.

Em outubro daquele ano, a Assembleia Legislativa criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias. Na CPI surgiu a informação de que conselheiros do Daer cobrariam propina por concessões em novas linhas de ônibus e autorizações de reajuste das tarifas. Collares foi acusado de ter conhecimento das irregularidades. O governador rebateu que estava sendo vítima de uma farsa, mas acabou anunciando sua desistência ao Senado.

O recuo não estancou a crise, que seguiu se agravando, com o surgimento de novos depoimentos e informações envolvendo cada vez mais setores do governo. Collares começou a enfrentar oposição de deputados do próprio partido. Somava-se a tudo uma sucessão de polêmicas na condução da secretaria de Educação.

Com o agravamento da situação, o vice-governador João Gilberto (PSDB) renunciou ao cargo de secretário de Ciência e Tecnologia, que também ocupava. Collares rompeu com o PSDB e o PCdoB, que haviam apoiado a instalação da CPI, anunciou a demissão de todos os tucanos que estavam em cargos em comissão no governo e sugeriu que João Gilberto deixasse também a função de vice.

A crise teve reflexos diretos sobre a eleição seguinte, e o pedetista não conseguiu fazer o sucessor. O candidato do PDT, Sereno Chaise, ficou em quarto lugar na disputa pelo Piratini em 1994. No segundo turno, Collares se posicionou contra o apoio de seu partido ao PT, que seguia na corrida contra o PMDB. O último venceu o pleito.

Em 1998, quatro anos após deixar o comando do Rio Grande do Sul, o pedetista se elegeu ao quarto mandato para deputado federal. Em 2000, se candidatou novamente a prefeito, mas perdeu no segundo turno para Tarso Genro (PT). Em 2002, se reelegeu para a Câmara dos Deputados. No pleito de 2006, tentou de novo o governo do Estado, mas ficou em quinto lugar, com pouco mais de 200 mil votos. Foi a última vez que concorreu a um mandato eletivo. Continuou, porém, exercendo influência política nos anos seguintes.

Em 2008 foi nomeado para o conselho de administração da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional, em pleno governo petista, cargo que ocupou até 2016. Nas eleições estaduais de 2010, contrariou a posição de seu partido, que tinha o vice na chapa encabeçada por José Fogaça (PMDB) ao governo do Estado, e apoiou abertamente a candidatura de Tarso Genro (PT). O petista venceu no primeiro turno.

O apoio não se restringiu a Tarso. Collares trabalhou ostensivamente e participou de atos de campanha da então candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, com quem mantinha relação estreita. Dilma, com longa trajetória no PDT antes de migrar para o PT, integrou o secretariado de Collares quando ele foi prefeito e governador.

Em 2013, Collares tentou lançar uma chapa para disputar a presidência nacional do PDT, mas não obteve apoio. Em 2014, foi contra a participação de sua sigla no governo de José Ivo Sartori (MDB), mas o partido acabou por integrar a administração do emedebista. Em 2018, uma ala do PDT ensaiou lançar seu nome para a corrida ao Senado, mas ele não aceitou, destacando os problemas de saúde. Em 2020, declarou apoio à candidatura de Manuela D’Ávila (PCdoB) no segundo turno da eleição para a prefeitura de Porto Alegre. Ela perdeu para Sebastião Melo (MDB).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Estados usarão redução de juros no pagamento de dívidas em investimentos na educação



O Senado aprovou, por unanimidade, na terça-feira (17/12), o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). A matéria segue para sanção presidencial. Por meio do Propag, os Estados brasileiros e o Distrito Federal poderão reverter parte dos juros de suas dívidas com a União em áreas como educação profissional e técnica de nível médio, universidades estaduais, infraestrutura para ensino infantil ou educação em tempo integral. Após o cumprimento das metas de desempenho educacional, os estados ainda poderão investir parte dos juros das dívidas em áreas como segurança pública e infraestrutura. No Ministério da Educação (MEC), a iniciativa será chamada “Juros por Educação”.

Atualmente, as dívidas estaduais com a União ultrapassam R$ 765 bilhões, sendo Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo os maiores devedores. A intenção do Propag é que, entre 2025 e 2030, ocorra uma redução na taxa de juros reais condicionada à ampliação de matrículas em educação profissional de nível médio. Caso as metas sejam atingidas até 2030, a taxa de juros reduzida passará a ser permanente.

De acordo com o projeto aprovado, a taxa atual – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplos (IPCA) + 4% ao ano – é reduzida para IPCA + 2% ao ano. Poderá haver diminuição adicional dos juros reais se os entes federativos cumprirem determinados requisitos de investimento e alocação em uma espécie de fundo nacional, voltado a investimentos direcionados a todos os Estados. Também será estabelecido um fundo federal para compensar os Estados que não estão endividados. Ele será formado com parte dos pagamentos das dívidas, e seus recursos serão usados em educação, também com ênfase na formação profissional e técnica de nível médio.

O Rio Grande do Sul, segundo maior devedor à União, teve sua dívida suspensa por três anos devido à catástrofe socioambiental de maio deste ano. A medida faz parte de um acordo firmado com o governo federal. Após o término da suspensão da dívida, o Rio Grande do Sul poderá usufruir do Propag.

Saída de dólares de 1º a 19 de dezembro é a maior para o período na série histórica do Banco Central



A saída de dólares do Brasil entre os dias 1º e 19 de dezembro, de US$ 14,699 bilhões, é a maior para o período na série histórica do Banco Central, iniciada em 2008. Considerando exatamente os primeiros 19 dias do mês, a maior saída até agora, de US$ 12,651 bilhões, havia sido registrada em dezembro de 2019. Os primeiros 19 dias de dezembro de 2024 também têm a segunda maior saída de dólares pelo canal financeiro na série histórica para o período. Ao todo, deixaram o País US$ 14,903 bilhões por essa via. O recorde, nesse caso, é do mesmo período de 2019, quando a saída alcançou US$ 16,769 bilhões, na mesma base de comparação.

Na última quinta-feira, 19, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a saída de dólares do País está ocorrendo em ritmo superior ao da média dos últimos anos. O fluxo financeiro foi destacado, inclusive de pessoa física, além dos pagamentos de dividendos acima da média. 'O fluxo de dólares está bastante negativo', disse o banqueiro central, que atribuiu a esse fluxo negativo parte das intervenções feitas pelo BC no câmbio. Desde o dia 12, a autoridade monetária já realizou sete leilões à vista de dólares, injetando o total de US$ 16,760 bilhões no mercado.

Campos Neto e o diretor de política monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmaram durante entrevista coletiva do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) que a instituição seguirá atenta ao mercado para prover liquidez. Galípolo brincou, no entanto, dizendo que não haveria 'guidance' para a atuação do BC no câmbio, como já indicou para os próximos passos dos juros.

Galípolo atua hoje como presidente interino da instituição já que Campos Neto está em recesso até o fim de seu mandato, em 31 de dezembro. Considerando os meses fechados de dezembro, a saída de US$ 14,699 bilhões em fluxo cambial total contabilizada até o último dia 19 já seria a segunda maior da história, atrás apenas de 2019 (US$ 17,612 bilhões). O BC esperava que a maior parte do fluxo negativo fosse contabilizada até a última sexta-feira, 20, mas é possível que novas saídas sejam registradas nos próximos dias.