O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assegurou esta semana que seu país “não ficará quieto enquanto a Venezuela se desmorona” e antecipou a intenção de aplicar sanções econômicas “rápidas e firmes”, caso o governo do ditador comuno-bolivariano Nicolás Maduro insista com a realização de uma Assembleia Constituinte, no próximo dia 30 de julho. O governo americano está analisando a situação “com todas as opções sobre a mesa” e sua única certeza no momento é de que “nada do que for feito estará dirigido ao povo venezuelano”, disse Katherine Caro, porta-voz do Departamento do Estado.
A funcionária fez questão de deixar claro que “ainda não sabemos quais serão as sanções, tudo está sobre a mesa”. Especula-se, até mesmo, com a suspensão das importações de petróleo venezuelano. Sob anonimato, funcionários do governo Trump disseram na terça-feira que as opções incluiriam sanções ao forte setor petroleiro do país sul-americano. "Poderiam ser contra pessoas específicas, como já se fez no passado, ou o governo. Mas nunca contra o povo da Venezuela", enfatizou Katherine Caro. De fato, a Casa Branca já aplicou sanções contra magistrados do Tribunal Supremo de Justiça e o vice-presidente venezuelano, Tareck El Aissami, acusado nos Estados Unidos de vínculos com o narcotráfico. "Já foram congelados bens nos Estados Unidos e proibida a entrada de pessoas ao país. O presidente Trump disse que usará as ferramentas econômicas apropriadas", explicou a porta-voz do Departamento de Estado.
Ela ainda não tem previsão sobre a data em que serão anunciadas as retaliações ao governo Maduro. Mas o tempo está correndo e faltam menos de duas semanas para a polêmica Constituinte convocada pelo chefe de Estado, apesar do rechaço até mesmo de dirigentes, jornalistas e intelectuais chavistas. Uma das principais opositoras da medida é a Procuradora Geral da República, Luisa Ortega Diaz, cujo marido, o deputado Germán Ferrer, do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), reiterou esta semana seu pedido a Maduro para que desista da Constituinte.
Perguntada sobre a consulta popular realizada pela oposição domingo passado, Katherine Caro disse que “foi um repúdio em massa à Constituinte e mostrou que os venezuelanos querem eleições livres e honestas”. "Aplaudimos a coragem e determinação dos venezuelanos que expressaram sua defesa de seus direitos e da democracia. As vozes dos venezuelanos não deveriam ser ignoradas", enfatizou a funcionária americana.
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