Com menos de 10 anos na ativa, o advogado Willer Tomaz conseguiu montar um luxuoso escritório no Lago Sul, com área gourmet, chef e garçons contratados em restaurantes badalados de Brasília, além de quadras de tênis, com professor à disposição de seus amigos. Apontado como um sujeito de conversa envolvente, cheio de histórias para contar e contatos com magistrados, Willer desfruta também de muitas amizades no meio político. De sua sala, ele costuma monitorar o trabalho dos funcionários com câmeras que registram toda a movimentação na mansão. No depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República, Joesley Batista contou que o advogado Willer Tomaz daria uma quantia de R$ 50 mil a título de “ajuda de custo” ao procurador federal Angelo Goulart Vilella, em troca de informações da força-tarefa para a Operação Greenfield. Uma boa colaboração para quem tem salário líquido de R$ 23.874,75, já incluídos os penduricalhos, segundo Portal da Transparência do Ministério Público Federal. Joesley Batista disse acreditar que Willer Tomaz se aproximou para evitar que o empresário, controlador da JBS, fizesse uma delação premiada que prejudicasse políticos do PMDB.
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