quarta-feira, 15 de julho de 2015

Parlamento grego aprova medidas previstas em acordo com credores


O Parlamento grego aprovou na noite desta quarta-feira o pacote de austeridade previsto no acordo selado com o Eurogrupo no último domingo. A votação ficou em 229 parlamentares a favor e 64 contra o ajuste, entre eles muitos partidários do primeiro-ministro, Alexis Tsipras. A ratificação do acordo pelo Parlamento e pelas nações que integram a zona do euro é essencial para que o governo grego receba novos aportes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos países do Eurogrupo. Enquanto isso, milhares de pessoas protestam no centro de Atenas contra as medidas de austeridade previstas no acordo. As propostas foram acertadas entre o governo grego liderado por Tsipras e os líderes dos países da zona do euro como condição para o país receber um novo socorro financeiro que pode chegar a 86 bilhões de euros. O plano de austeridade, avaliado em 9 bilhões de euros, prevê aumento de impostos, reforma previdenciária, cortes de gastos e privatização de entidades estatais. A manifestação organizada pela confederação dos sindicatos do setor público Adedy, que também convocou uma greve geral, chegou a reunir cerca de 2.500 pessoas na praça Syntagma, em frente ao Parlamento grego, de acordo com informações da polícia. Alguns manifestantes mais exaltados - anarquistas -, chegaram a jogar coquetéis molotov contra a polícia, que revidou com bombas de gás lacrimogêneo. O partido de Tsipras, o Syriza, rachou na votação desta quarta-feira - e o premiê, que se viu obrigado a aceitar a cartilha de austeridade que tanto rejeitava, perdeu apoio popular e dentro do próprio partido. Ministros de seu governo votaram contra o pacote de austeridade. Ao longo do dia, temia-se, inclusive, a queda de Tsipras. "As opções específicas que tinha a minha frente eram: um, aceitar um acordo com o qual estou em desacordo; a segunda, a falência desordenada, e tínhamos uma terceira opção, o "grexit" (saída da Grécia do euro) pactuado por Schäuble", disse Tsipras no Parlamento.

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