quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Os poucos policiais baianos que estão nas ruas estão em “greve branca” e não atendem a ocorrências

Policiais militares que voltaram ao trabalho nas ruas de Salvador relataram ameaças de colegas grevistas. Os poucos soldados que não estão mais parados foram colocados nesta quarta-feira, pelo governo estadual, perto de pontos turísticos, como o Pelourinho e o Mercado Modelo. Eles dizem estar “orientados” pelo comando da paralisação a manter o que chamavam de “greve branca”. Os PMs ficam o tempo todo parados dentro das viaturas, sem fazer qualquer ronda ou atendimento à população, como no caso das batidas entre automóveis ou tumultos provocados pelos constantes boatos que voltaram a fechar parte do comércio no centro de Salvador. Por volta das 12h20, houve boato entre lojistas de que manifestantes haviam parado a Avenida Luís Viana Filho, a principal da cidade. Logo portas de lojas ficaram meia abertas na Avenida Sete de Setembro. Os quatro PMs que estavam em uma Parati no meio da praça observaram o princípio de tumulto sem sair de dentro do carro. “Não podemos atender chamado de roubo de carro nem de batida entre automóveis. Quando nós voltamos ficou acertado que nós só ficaríamos dentro das viaturas. Ninguém pode descumprir essa ordem. Quem não cumprir vai ser depois perseguido dentro da corporação. Tem muita gente do comando dentro dessa greve meu amigo”, contou um soldado, ao ser questionado pelo motivo de não ter saído do carro após a correria no centro. “Se a gente não ganhar a gratificação agora antes do carnaval depois o governador vai esquecer a gente”, contou outro soldado, que defende a paralisação, mas voltou a trabalhar “a pedido da chefia”.

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