terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Colômbia rejeita diálogo proposto por chefe narcotraficante das Farc
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, rejeitou nesta terça-feira a proposta do novo líder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, organização terrorista e traficante de cocaína) para que seja retomada uma negociação de paz abandonada há uma década. "Não queremos mais retórica, o país exige atos claros de paz", escreveu Juan Manuel Santos pelo Twitter, deixando claro que mantém as pré-condições de deposição de armas, libertação de reféns e suspensão dos ataques por parte dos terroristas e traficantes de cocaína. A organização armada está no seu momento mais fraco em vários anos, depois da morte de diversos líderes e da deserção de milhares de combatentes. Na noite de segunda-feira, o site da guerrilha (www.farc-ep.co) divulgou uma carta em que seu recém-nomeado comandante, o narcotraficante Timoleon Jiménez, o "Timochenko", diz que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia "estariam interessadas em uma hipotética mesa de negociação". "Timochenko" não explicou o termo "hipotética", nem deu sinais de que as Farc acatariam as condições do governo. A Colômbia teve vários processos de paz desde a década de 1980, com resultados variados. Alguns pequenos grupos se desmobilizaram, mas as Farc, maior guerrilha do país, persistem, financiando-se pelo tráfico de drogas. Estes bandoleiros ordinários querem impor sua pauta.
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