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terça-feira, 7 de março de 2017

Executivo delator da empreiteira propineira Odebrecht afirma que pagou campanhas do marqueteiro baiano e petista João Santana no Exterior


Marqueteiro petista baiano João Santana
Em depoimento prestado à Justiça Eleitoral nesta segunda-feira, o executivo delator e ex-chefe do departamento de corrupção da empreiteira propineira Odebrecht, Hilberto Silva, confirmou repasse de dinheiro da empresa criminosa para as campanhas do marqueteiro baiano petista João Santana no Exterior. Segundo ele, as disputas eleitorais do marqueteiro brasileiro em El Salvador, Angola, Venezuela, República Dominicana e Panamá foram todas financiadas pela Odebrecht. João Santana teria recebido recursos em dinheiro e era um dos cinco maiores recebedores do departamento de propinas da Odebrecht, chefiado pelo próprio Hilberto Silva. 

Embraer lança maior jato comercial produzido no Brasil


A Embraer apresentou nesta terça-feira (7) o E195-E2, a maior aeronave comercial já produzida no País. O vôo inaugural está previsto para os próximos meses e o jato entrará em serviço no primeiro semestre de 2019. A aeronave E195-E2 tem três fileiras a mais de assentos quando comparado ao E195 da atual geração, podendo ser configurado com 120 lugares em duas classes de serviço, ou até 146 em classe única. Segundo a companhia, a aeronave também teve aumento significativo de alcance, de mais de 800 quilômetros (450 milhas náuticas), o que possibilitará viagens de até 4.500 quilômetros (2.450 milhas náuticas) de distância. A avião possui uma asa desenvolvida especialmente para o modelo, com o maior alongamento entre jatos de corredor único, “aumentando a eficiência de consumo de combustível”, segundo comunicado da companhia. “O E195-E2 tem potencial de mudar significativamente o perfil de frota das companhias aéreas em todo o mundo. Tendo custo por viagem 20% menor e custo por assento similar ao de aviões maiores, o E195-E2 torna-se o avião ideal tanto para crescimento de empresas regionais como complementação de frota de empresas de baixo custo e de linhas principais”, diz, em nota, o presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, John Slattery. Luís Carlos Affonso, vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Comercial, explica, em nota, que foram introduzidas na plataforma de e-jets todas as novas tecnologias que agregam valor aos clientes. “O avião terá uma economia de até 24% de consumo e 20% nos custos de manutenção por assento quando comparado ao atual E195. Parte dessa economia será atingida pela nova tecnologia de motores, mas o grande diferencial competitivo do E195-E2 está na otimização da estrutura e dos seus vários sistemas”, comenta. A Embraer vai utilizar dois aviões na campanha de certificação do E195-E2. O primeiro protótipo será usado nos ensaios de aerodinâmica e desempenho, enquanto o segundo avião, que também deve realizar o vôo inaugural até o fim deste ano, será empregado na validação de tarefas de manutenção e de interior. Desde o lançamento, os E2 alcançaram 690 pedidos, dos quais 275 firmes, sendo 90 para o E195-E2, e de 415 opções e direitos de compra, tendo entre seus clientes companhias aéreas e empresas de leasing. Atualmente, a família de e-jets opera com cerca de 70 clientes em 50 países, sendo líder global no segmento até 130 assentos, com mais de 50% de participação de mercado, de acordo com a Embraer. Com investimento de 1,7 bilhão de dólares, o programa E2 foi lançado em junho de 2013, visando a manutenção da liderança da Embraer no segmento de aviões de 70 a 130 assentos.

Economia encolhe 7,2% em dois anos e volta ao patamar de 2010


O Produto Interno Bruto (PIB) acumulou queda de 7,2% no biênio 2015-2016, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Só no ano de 2016 a retração foi de 3,6%. Na série de crescimento econômico do IBGE, iniciada em 1948, foi a primeira vez que houve dois anos seguidos com queda anual do PIB. Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, diz que é possível afirmar que essa é a pior recessão da história da economia brasileira. Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi mais incisivo. “Não há dúvida que é a maior crise desde que o PIB começou a ser medido. Isso não foi construído em pouco tempo. Aconteceu em anos, quando a economia foi perdendo grau de confiança”, disse. Conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. “É meio como se estivesse anulando 2011, 2012, 2013, 2014, que tinham sido positivos”, afirmou Palis. Em entrevista após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, o Conselhão, o ministro classificou como “queda enorme” a retração vista nos investimentos. Meirelles explicou que a retração é resultado da queda da confiança e do aumento da presença do Estado na economia brasileira e que, atualmente, esse processo está sendo revertido. A queda de 2,5% no PIB brasileiro no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo período do ano anterior foi o 11º trimestre consecutivo de recuo. Apesar da manutenção dos resultados negativos, a perda foi a menos intensa desde o primeiro trimestre de 2015, quando o PIB caiu 1,8%. “A gente continua com taxas negativas, mas taxas menores. A queda veio desacelerando”, definiu Rebeca Palis. O mesmo movimento foi percebido na indústria. A queda de 2,4% no PIB industrial do quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior foi a mais branda em 11 trimestres consecutivos de perdas. No PIB da agropecuária, o recuo de 5,0% foi o quarto consecutivo, mas o menos intenso do período. Já o consumo do governo teve ligeira redução de 0,1%, menor recuo em sete trimestres seguidos de perdas. A retração de 2,9% no consumo das famílias no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre de 2015 completou oito trimestres consecutivos de quedas, mas foi o menos intenso desde o segundo trimestre de 2015. A Formação Bruta de Capital Fixo, que indica o cenário de investimentos, despencou 5,4%, mas teve o recuo menos intenso em 11 trimestres seguidos de perdas. Com a queda de 2,4%, o PIB de Serviços recuou por oito trimestres consecutivos. Já as exportações brasileiras tiveram recuo de 7,6% no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior, a primeira queda após sete trimestres seguidos de altas. A redução de 1,1% nas importações foi o menor recuo em nove trimestres seguidos de perdas.

Dmae vai pagar R$ 65,9 mil por cafezinhos servidos em 2017, mordomia para a burocracia estatal


O aperto de cinto contado em prosa e verso pelo prefeito Marchezan Júnior (PSDB) não alcança o Dmae, a jóia da coroa da prefeitura de Porto Alegre. É que o Dmae (Departamento Municipal de Águas e Esgoto) acaba de assinar o quarto termo aditivo ao contrato que tem com a Core Services, para que ela forneça cafezinho durante um ano. Serão pagos R$ 65.920,00. É algo deplorável que o contribuinte de Porto Alegre tenha que pagar o cafezinho de burocrata púbico. Se o funcionário quer tomar cafezinho, então que pague do seu próprio bolso. Enquanto gasta dinheiro com cafezinho para burocrata, a prefeitura de Porto Alegre não tem dinheiro para colocar carne na refeição dos alunos da rede municipal de ensino, os quais recebem alimentação limitada a um prato de feijão e arroz. Nelson Marchezan Junior, sai do teu gabinete refrigerado e vai despachar nesses órgãos burocratizados na prefeitura. Vai verificar in loco o que estão fazendo com o povo da cidade. Vai despachar em uma escola municipal, vai despachar na emergência de algum hospital que atende pelo SUS. Nelson Marchezan Junior, vai tomar um banho de realidade.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Michel Temer escolhe senador Aloysio Nunes Ferreira para ministro das Relações Exteriores


O presidente Michel Temer escolheu na tarde desta quinta-feira o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para o Ministério das Relações Exteriores. Até o último dia 22, a pasta era comandada pelo senador José Serra (PSDB-SP), que pediu demissão alegando problemas de saúde. O tucano esteve em reunião com Temer no Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira. O nome do senador já era ventilado desde que Serra deixou a pasta. Um dia após o tucano entregar sua carta de demissão, o líder do governo no Senado desconversou sobre um possível convite do presidente. “Só por que eu falo francês?” - brincou Aloysio, que morou durante 11 anos na França, na época da ditadura militar. 
Aloysio Nunes Feerreira foi citado em delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo Pessoa, ele e Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação, receberam valores em espécie em caixa dois para campanhas eleitorais. Em setembro de 2015, o ministro Celso de Mello autorizou abertura de inquérito sobre o caso, que está sob sigilo. Ainda na semana passada, o senador já havia negado a sondagem do presidente. “Não teve sondagem, nem haverá, podem ficar tranquilos. Gosto do trabalho que estou fazendo. Sou parlamentar por excelência”, afirmou. Com a ida para o Ministério das Relações Exteriores, o tucano terá de desistir da disputa pela reeleição no Senado, em 2018, ou então sair do cargo, apenas um ano após assumir a pasta, para concorrer.

Juiz Sérgio Moro condena ex-tesoureiro petista Delúbio Soares por "lavagem sofisticada"


O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, condenou nesta quinta-feira o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Delúbio Soares e outros cinco acusados pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro. O processo trata de operações financeiras para disfarçar o pagamento de seis milhões de reais ao empresário Ronan Maria Pinto, oriundos de um empréstimo fraudulento de doze milhões de reais do Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai. Os outros seis milhões de reais, segundo os investigadores da Lava Jato, foram destinados ao PT e a campanhas de aliados. Além de Delúbio e Maria Pinto, condenados a cinco anos de prisão cada um, o magistrado considerou culpados o doleiro Enivado Quadrado, também sentenciado a cinco anos de cadeia, e os empresários Luiz Carlos Casante, condenado a quatro anos e seis meses, e Natalino Bertin, condenado a quatro anos de prisão. No caso do dono do frigorífico Bertin, no entanto, Moro determinou que a punição está prescrita. Também réus na ação penal, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, principal operador do mensalão, o empresário Oswaldo Rodrigues, o ex-presidente do Banco Schahin, Sandro Tordin e o jornalista Breno Altman foram absolvidos pelo juiz federal por falta de provas.  O empréstimo do Schahin a Bumlai, jamais pago pelo amigo do poderoso chefão da orcrim petista e ex-presidente Lula, foi compensado pelo contrato de 1,6 bilhão de dólares firmado entre a Petrobras e a empreiteira Schahin para operação do navio Vitória 10.000. José Carlos Bumlai foi condenado por Sergio Moro a nove anos e dez meses de prisão por participação na operação fraudulenta. O pagamento milionário a Ronan Maria Pinto teria sido feito para acalmar o empresário, que teria chantageado Lula e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho no caso do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. Ronan Maria Pinto foi preso na 27ª fase da Lava Jato, batizada de Carbono 14, em abril de 2016. Ele pagou fiança e foi solto em julho. Moro conclui na sentença que Delúbio foi o responsável pelo pedido do empréstimo ao banco e “tinha ele também o controle do destino final, já que metade dos valores deveria chegar de forma dissimulada a Ronan Maria Pinto, de forma a evitar a vinculação entre este e José Carlos Costa Marques Bumlai e de ambos com agentes do Partido dos Trabalhadores”. “A lavagem, no presente caso, envolveu especial sofisticação, com utilização de duas pessoas interpostas entre a fonte dos recursos e o seu destino final, além da simulação de dois contratos falsos de empréstimo”, escreveu moro na sentença. Para o juiz federal, “a lavagem de grande quantidade de dinheiro merece reprovação especial”. Segundo o Ministério Público Federal, os doze milhões de reais saíram do Banco Schahin para uma conta de Bumlai, que repassou o dinheiro à empresa de Bertin. O frigorífico pagou os seis milhões de reais reservados a Ronan Maria Pinto à Remar Agenciamento e Assessoria Ltda, que por sua vez destinou 5,6 milhões de reais à Expresso Nova Santo André, do empresário. Contratos falsos de empréstimo foram firmados entre as empresas para dar aparência legal às transações. Em uma comparação com o mensalão, Moro afirma que “segue-se o mesmo modus operandi da concessão de empréstimo fraudulento, a pessoa interposta, por instituição financeira, no interesse de agentes do Partido dos Trabalhadores, e com posterior direcionamento, com ocultação e dissimulação, a terceiros, com a diferença que nesse caso o beneficiário não é agente público”. O ex-tesoureiro petista também é réu em outra ação penal sob responsabilidade de Sergio Moro, que apura o destino dos outros seis milhões de reais do empréstimo fraudulento do Banco Schahin. Ele já havia sido condenado no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2012, a seis anos e oito meses de prisão. Em março de 2016, o ministro Luís Roberto Barroso concedeu o perdão da pena a Delúbio.

Muher sapiens petista Dilma Rousseff chama de "mentiroso" depoimento de Marcelo Odebrecht no TSE


A mulher sapiens petista e ex-presidente Dilma Rousseff reagiu nesta quinta-feira ao depoimento do empreiteiro propineiro Marcelo Odebrecht prestado ao Tribunal Superior Eleitoral em que ele confirmou o "caixa dois" na campanha da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014. Em nota, a petista classificou a informação como “mentirosa” e “um insulto à sua honestidade”, negando que tenha pedido recursos da Odebrecht ou autorizado pagamentos por fora a prestadores de serviços. “A insistência em impor à ex-presidente uma conduta suspeita ou lesiva à democracia ou ao processo eleitoral é um insulto à sua honestidade e um despropósito a quem quer conhecer a verdade sobre os fatos”, escreveu a assessoria de Dilma. Ela também questionou o fato de as informações virem à tona no mesmo momento em que novas suspeitas recaem sobre os “artífices do golpe de 2016”, referindo-se aos homens fortes do governo Temer. Preso na Operação Lava-Jato, o herdeiro da holding que leva o seu sobrenome prestou ontem depoimento de quatro horas ao ministro Herman Benjamin, do TSE, relator do processo que investiga a chapa por abuso de poder econômico e político. A ação pode resultar na perda de mandato do presidente Michel Temer e na declaração de inelegibilidade de Dilma. Na oitiva, o empreiteiro propineiro e sinhozinho baiano Marcelo Odebrecht também confirmou o pagamento feito ao marqueteiro João Santana, responsável pela campanha em 2014, com recursos de caixa dois acertados com o então ministro da Fazenda, o petista Guido Mantega. Ao final do depoimento, ele afirmou que não tinha como “dar certeza” se Dilma e Temer sabiam das negociações e de “qualquer ilicitude nas doações”. O empreiteiro propineiro afirmou que o governo petista, ainda na gestão do poderoso chefão da organização criminosa petista e ex-presidente Lula, teria negociado com a empresa duas “contrapartidas” por uma medida provisória negociada por Mantega ainda em 2009 e que beneficiaria a empresa. Os recursos não teriam sido usados na campanha de 2010 e teriam ficado como um crédito para uso posterior, no valor de 50 milhões de reais. No texto, Dilma nega que tenha indicado o seu ex-ministro da Fazenda para tratar de arrecadação eleitoral e ressaltou que “todas as doações (…) foram feitas de acordo com a legislação, tendo as duas prestações de contas sido aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral”. 

Professores estaduais gaúchos farão greve a partir do dia 15

O Cpers (sindicato petista responsável pela destruição da educação pública no Rio Grande do Sul nos últimos 40 anos) confirmou que detonará greve geral dos professores públicos estaduais para o dia 15 de março. É o de sempre, o que acontece nesta última quase metade de século. Não há Estado que possa resistir e ter algum futuro com um plano assim tão consistente de destruição constante da educação pública. Para acabar com este delírio comunista só tem um jeito: 1) explodir o plano de carreira do magistério público estadual, o único ainda existente no País, imposto por um coronel secretário da Educação durante o regime militar, e grande ícone dos comunistas do Cpers; 2) criação do vaucher para pagamento dos professores direto pelos país dos alunos. A criação do vaucher é uma idéia absolutamente correta e inovadora da filantropa americano Betsy De Voos, secretária da Educação nomeada pelo presidente Donald Trump. Não por acaso a aprovação de sua indicação pelo Senado americano exigiu o voto de desempate do vice-presidente americano, que preside aquela Casa e vota somente em caso de empate. As esquerdas, no mundo inteiro, tomaram de tal maneira a educação que até senadores republicanos se ausentaram da votação, criando uma situação de embaraço. Mas, Betsy De Voos está absolutamente correta. Quando pais se tornarem os fiscais da educação de seus filhos, e diretos responsáveis pelo pagamento dos professores, então estes professores deixarão de agir com a tremenda irresponsabilidade com que agem atualmente. Eles terão de mostrar serviço para merecer o recebimento do salário. Não há nada de estranho na adoção da política do vaucher. O dinheiro público é dinheiro do púlbico, como já ensinou de maneira cabal a ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher. Então, se é dinheiro do público, é absolutamente normal e natural que este mesmo público seja o responsável direto pelo pagamento de um serviço que é prestado a ele. Só assim se começará a mudar de maneira eficaz a educação pública no Rio Grande do Sul.  

Sartori rejeita termos do acordo com a União, é contra o fechamento da torneira da grande fonte da corrupção no País


Um grupo de membros do governo do Rio Grande do Sul, do muito incompetente e inapetente governador José Ivo Sartori, do PMDB, e mais o deputado estadual peemedebista Gabriel Souza, esteve reunido durante a manhã de hoje para preparar a comunicação pública sobre a reação do Estado à proposta da União. Sartori manifestou-se sobre o projeto remetido pelo Ministério da Fazenda que trata da renegociação da dívida dos Estados com a União e disse que a proposta de repactuação enviada ao Congresso é diferente da que foi apresentada aos governadores em Brasília, e tem exigências consideradas "pesadas". Entre os pontos questionados estão a proibição de que o Estado questione a dívida pública na Justiça e o impedimento irrestrito à concessão de benefícios fiscais. A criação de um grupo técnico, pela União, para o acompanhamento das ações econômicas e políticas do Rio Grande do Sul, durante a execução do Plano, também será contestada. Disse o incompetente governador José Ivo Sartori: "O projeto não atende às necessidades do Rio Grande do Sul e não representa uma solução, mesmo parcial, ao problema do ajuste de nossas contas públicas". A dívida do Rio Grande do Sul com a União supera os R$ 51 bilhões, segundo o secretário da Fazenda, o deputado federal peemedebista Giovani Feltes. Ele calcula que o resultado financeiro seria de R$ 150 milhões ao mês. "Não resolve nosso problema, mas nos auxilia, não tenho a menor dúvida. Mas fomos pegos de surpresa com as exigências", afirmou ele, garantindo que o governo gaúcho não concorda com várias contrapartidas. A imposição proposta pela União de bloqueio total da concessão de isenções fiscais pelo governo gaúcho é absolutamente correta e necessária. A concessão de isenção fiscal é a maior fonte de corrupção já desenvolvida no País, e a comprovação disso é a recente confissão da empreiteira propineira Odebrecht, e seu ex-presidente, o sinhozinho baiano Marcelo Odebrecht, de que comprou do corrupto governo petista a concessão de benefício fiscal para a empresa por meio da edição de Medida Provisória. O custo dessa corrupção em especial foi o pagamento de propina de cerca de 50 milhões de reais. No Rio Grande do Sul, as concessões fiscais são um escândalo, e algo que nunca foi investigado pela sociedade ou por seus representantes. E é "natural" que assim seja, porque os "representantes" do povo são os beneficiários das concessões fiscais. É preciso mesmo acabar com esse instrumento, mas no País inteiro, para que possa haver uma efetiva política econômica, e que seja retirada do empresariado um poderoso instrumento de corrupção dos políticos e dos partidos políticos. Leia na íntegra o projeto do governo federal: https://drive.google.com/file/d/0B8_RBOFhHrDUbk5GcFZDTlhOb2s/view?usp=sharing

Juiz americano condena braço da Odebrecht a pagar US$ 325 milhões


O juiz norte-americano John D. Bates, de Washington (EUA), ordenou a Braskem, o braço petroquímico da construtora Odebrecht, a pagar US$ 325 milhões, ou cerca de R$ 1 bilhão, como resultado do acordo de colaboração firmado pelo grupo com os Estados Unidos. O pagamento deve ocorrer em duas etapas: US$ 65 milhões, ou R$ 195 milhões ao câmbio desta quarta-feira (1), num prazo de 60 dias, e os outros US$ 260 milhões, ou cerca de R$ 780 milhões, até 28 de janeiro do ano que vem. Com a decisão, datada da última terça-feira (28), o juiz acolheu e deu validade a todos os termos do acordo assinado entre Braskem, Departamento de Justiça e SEC, equivalente à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no Brasil. O acordo, assinado em dezembro passado, foi um desdobramento da Operação Lava Jato. A Braskem admitiu ter cometido vários crimes, como pagamentos de pelo menos US$ 250 milhões em propina a funcionários e autoridades brasileiros cujos nomes são mantidos em sigilo. A decisão, tomada em ação civil movida pela SEC, é a primeira sobre o caso Odebrecht em território norte-americano. Os Estados Unidos foram chamados pelo Brasil a se engajar no acordo porque a Braskem opera na bolsa de valores norte-americana. Além dos pagamentos, o juiz condenou a Braskem a adotar, entre outras medidas, “um monitor independente”, por um período de três anos, para verificar medidas tomadas pela companhia na área de compliance –conjunto de normas adotadas por uma empresa para reduzir irregularidades ou crimes. A empresa deverá apresentar “evidências por escrito de ações de compliance na forma” estipulada pelo acordo, amparadas por “provas suficientes para demonstrar o compliance”.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Juiz da República Dominicana rejeita acordo com a empreiteira propineira Odebrecht

Um juiz dominicano rejeitou nesta quarta-feira um acordo entre o Ministério Público e a Odebrecht, no qual a empresa brasileira concordava em pagar 184 milhões de dólares em multa pelo pagamento de propinas no país caribenho para obter contratos. O juiz Jose Alejandro Vargas declarou "inadmissível" o pedido apresentado pela partes em 10 de fevereiro para validar o pacto, no qual o Ministério Público renunciava em processar os responsáveis da empresa. Em troca da multa, o Ministério Público também se comprometia a pedir a suspensão das medidas cautelares contra a empresa, como a sua inibição temporária de contratos governamentais. "É um remédio simples para uma doença muito grave", considerou Vargas, coordenador dos Tribunais de Instrução do Distrito Nacional, ao ler a sentença. O juiz considerou que o Ministério Público não está legalmente autorizado a realizar tais arranjos, e ordenou que o acordo seja ajustado em conformidade com o "procedimento estabelecido para os casos que envolvem a gravidade dos fatos investigados". Organizações civis pediram ao juiz que rejeitasse o acordo, por considerar que o caso acabaria na impunidade. "Alejandro Vargas tem duas opções, unir-se ao povo ou aos ladrões", protestaram nesta quarta-feira dezenas de ativistas do movimento cívico Marcha Verde em frente ao Palácio da Justiça, em Santo Domingo, quando a decisão foi lida. Convocados por essa associação em 22 de janeiro, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram em Santo Domingo contra a impunidade no caso Odebrecht. Além disso, organizações da sociedade civil reuniram cerca de 300.000 assinaturas de cidadãos exigindo a nomeação de promotores independentes. Os ativistas pedem a aplicação da lei contra a corrupção, punível com até 10 anos de prisão, e a extradição de Marco Antonio Vasconcelos, ex-gerente geral da Odebrecht no país, como o autor da propina.

Michel Temer e família voltam a morar no Palácio do Jaburu


Após passar apenas uma semana morando no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer decidiu retornar com a família ao Palácio do Jaburu, onde mora desde 2011. De acordo com assessores presidenciais, Temer não se adaptou ao palácio, de grandes proporções. Além disso, ele prefere o Jaburu, local mais aconchegante e com estilo mais parecido com o de uma residência. Apesar da mudança, Temer pretende manter no Alvorada grandes encontros com parlamentares, além de eventos diplomáticos. Temer mudou-se para a residência oficial da Presidência em 18 de janeiro e ontem (28), ao retornar da viagem para a Base Naval de Aratu (BA), onde passou o carnaval, voltou para o Jaburu. Ambos os palácios ficam às margens do Lago Paranoá, a poucos quilômetros do Palácio do Planalto. Desde setembro, quando a mulher sapiens petista Dilma Rousseff desocupou o Alvorada, havia a expectativa da mudança da família para o local, mas algumas adaptações para o filho de Temer, de 7 anos, atrasaram o processo. Desde então, o presidente promoveu, no Alvorada, reuniões com líderes partidários da Câmara dos Deputados e do Senado para discutir a aprovação de medidas enviadas pelo governo ao Congresso.

Petrobras assina acordo com francesa Total por US$ 2,2 bilhões


A Petrobras anunciou a assinatura de um acordo de venda de ativos para a francesa Total por 2,225 bilhões de dólares. Desse total, 1,675 bilhão de dólares à vista serão pagos à vista. O acordo inclui a venda de áreas do pré-sal e a participação em refinarias. O negócio já havia sido anunciado em dezembro, como parte de uma aliança estratégica entre as companhias. O negócio prevê ainda que uma linha de crédito 400 milhões de dólares, que pode ser acionada pela Petrobras, além de pagamentos contingentes de 150 milhões de dólares. A transação envolve a cessão de 22,5% dos direitos na área de concessão de Iara, que inclui os campos de Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu. A Petrobras continuará como operadora e também deterá a maior participação na área, de 42,5%. A BG E&P Brasil (da Shell), com 25%, e a Petrogal Brasil, com 10%, também fazem parte desse consórcio. Já no campo de Lapa, que iniciou operação em dezembro de 2016, a cessão de direitos é de 35%, com a transferência da operação para a Total e fatia de 10% para a Petrobras. Também participam a BG E&P Brasil com 30% e a Repsol Sinopec Brasil, com 25%. Também foi concluída a venda de 50% de participação da estatal para a Total na Termobahia, incluindo as térmicas Rômulo de Almeida e Celso Furtado -as duas térmicas estão ligadas ao terminal de regaseificação de São Francisco do Conde, no mesmo Estado. A transação ainda inclui a opção de aquisição de 20% de participação no bloco 2 da área de Perdido Foldbelt, no Golfo do México, “assumindo apenas as obrigações futuras proporcionais à sua participação”, como explica a Petrobras em fato relevante. Outros pontos da aliança estratégica são estudos conjuntos nas áreas exploratórias da Margem Equatorial e na área sul da Bacia de Santos e parceria tecnológica nas áreas de petrofísica digital, processamento geológico e sistemas de produção submarinos. A conclusão das operações está sujeita a aprovações dos órgãos reguladores competentes e ao potencial exercício do direito de preferência dos atuais parceiros na área de Iara, entre outras condições precedentes. A Petrobras ressalta que o acordo é parte importante do plano de negócios e gestão 2017-2021, “ao intensificar o compartilhamento de informações, experiências e tecnologias, avançar no fortalecimento da governança corporativa, além de melhorar a financiabilidade da companhia, através de mitigação dos riscos, entrada de caixa e desoneração dos investimentos”. Da parte da Total, conforme o comunicado, o negócio amplia presença no Brasil com a participação em novos campos da Bacia de Santos e entrada “na promissora cadeia de valor do gás natural.”

Eliseu Padilha ficará de recuperação por duas a três semanas

Os médicos do ministro Eliseu Padilha optaram por fazer uma cirurgia “à moda antiga”. Em lugar da laparoscopia, que é uma técnica minimamente invasiva, escolheram abrir o abdômen para retirar a próstata, na tarde de segunda-feira, no Hospital Moinho de Vento, em Porto Alegre. A decisão mais conservadora para o tratamento do ministro-chefe da Casa Civil retarda o processo de recuperação. O mesmo deverá durar de duas a três semanas. Eliseu Padilha passa bem e sai da fase de monitoramento hospitalar nesta quarta-feira.

Rede francesa de lojas Fnac anuncia sua saída do Brasil


A distribuidora de produtos eletrônicos, culturais e eletrodomésticos francesa Fnac Darty anunciou nesta terça-feira que irá se retirar do Brasil. Com 12 lojas, a Fnac está presente no Brasil desde o fim dos anos 1990. Mas, há alguns anos, a empresa vinha enfrentando dificuldades no País. Segundo balanço divulgado nesta terça-feira, as operações da rede no Brasil serão descontinuadas. “A subsidiária brasileira foi classificada como operações descontinuadas, uma vez que o grupo iniciou um processo de busca por parceiros que podem levar a um desengajamento do País”, diz a empresa no documento. A Fnac Darty anunciou que “começou um processo ativo para buscar um sócio que dê lugar à retirada do País”. A empresa afirmou que registrou resultado líquido em equilíbrio (zero) em 2016. Apesar deste resultado, o grupo informou que suas vendas e sua rentabilidade têm aumentado. O lucro líquido ajustado do grupo foi de 54 milhões de euros, um aumento de 37% em relação ao ano anterior, segundo o comunicado. As vendas do grupo subiram 79,6% no quarto trimestre. Em nota, o grupo informa que “está em crescimento tanto na França (+2,1%) quanto em nível internacional (+1,3%)”. “Os resultados de 2016 da Fnac Darty são muito sólidos e de forte crescimento. Todos os índices são positivos”, afirmou o presidente de Fnac Darty, Alexandre Bompard, citado no comunicado.