O prefeito de Canoas, cidade da Grande Porto Alegre, a alma petista Jairo Jorge (hoje no PSD), foi afastado do cargo por decisão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em pedido formulado pelo Ministério Público, na investigação conduzida pelo Gaeco. A investigação leva o nome de Operação Copa Livre e começou um ano atrás. O nome refere-se a licitação realizada para operação de copas.O principal pivô da investigação que levou ao afastamento do prefeito alma petista Jairo Jorge (PSD) em Canoas é uma entidade especializada em prestar serviços terceirizados em saúde. Trata-se da Aceni (Instituto de Atenção a Saúde e Educação), que administra hoje o Hospital de Pronto Socorro Prefeito Dr. Marcos Antonio Ronchetti, de Canoas. A Aceni é uma organização social (OS) supostamente especializada na gestão de projetos de saúde, administração hospitalar, assistência social e na prestação de serviços direcionados a crianças adolescentes e adultos com ou sem deficiência. Atua em São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – na maioria desses Estados aconteceram buscas e apreensões determinadas pela Justiça gaúcha nesta quinta-feira (31).
Conforme contratos que estão sob investigação, só com a administração do Hospital de Pronto Socorro de Canoas a Aceni fatura R$ 8,5 milhões mensais. A Aceni sucedeu outra OS na administração desse hospital, o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde (GAMP), que também é investigado por fraudes em contratos. É a relação entre a Aceni e os gestores municipais em Canoas que é investigada. As apurações apontam que o prefeito Jairo Jorge e alguns colaboradores contrataram a terceirizada, sem licitação, justamente porque haveria um acerto com a entidade administradora do hospital.
Conforme o Ministério Público, existem diálogos de ligações telefônicas interceptadas com ordem judicial que indicam a participação da mulher e da enteada do atual prefeito de Canoas, o investigado Jairo Jorge da Silva, respectivamente, Thais Oliveira Pena e Ana Cândida Pena Vieira Pinto. Thais é prima do bandido mensaleiro petista José Dirceu.
Em interceptação telefônica do investigado Marcelo Squassoni, este menciona que teria reunião com a “mulher do prefeito”, no apartamento da filha desta, na qual também estaria presente Flávio Godoy Toledo. Em interceptações de Flávio Godoy Toledo, este igualmente fala sobre a reunião com a “mulher do Prefeito”
Um fato curioso que foi demonstrado é que, no curso do contrato do município com a empresa GMS, a esposa do prefeito Jairo Jorge, Tais Penna, e a filha desta, abriram duas empresas, ambas em São Paulo – Pharma São Vicente Drogaria e Pharma Palácio Drogaria –, em sociedade com Luca B.B. Godoy de Toledo, filho do investigado Flávio Godoy Toledo.
Com isso, o Ministério Público do Rio Grande do Sul levanta a tese sobre os vínculos (pós-eleitorais) do investigado Jairo Jorge com o “braço” paulista da organização, formalizando o prefeito empresas com ocultação de seu nome. Vale ressaltar a informação de que as empresas Pharma não se encontram situadas nos endereços informados, podendo, assim, se tratar de empresas “de fachada”.
Segundo o Ministério Público, foram localizados arquivos consistentes em reproduções de telas (prints), no aparelho de Flávio Godoy, nas quais Thais Oliveira Pena diz a Marcelo Squassoni que precisam combinar “um dia certo pra entrar nessa retirada mensal”, e que a filha, Ana Cândida, “assumiu um financiamento e precisa quitá-lo”. Conforme reprodução de conteúdo de ligação, Flávio Godoy Toledo cobra do interlocutor o envio do comprovante da transferência de valores para Thais Oliveira Pena, referindo, expressamente, que o dinheiro “não é pra ela”. Segundo o Ministério Público, Thais Oliveira Penna, a prima do bandido mensaleiro petista José Dirceu tinha participação ativa na empreitada.Após a mencionada reunião com “a mulher do prefeito”, escutas telefônicas de Flávio Godoy revelaram que, do encontro, teria restado o seguinte: (a) que Daniel Simões Carvalho Costa, ligado ao grupo paulista, atuante na área da saúde, seria alocado em posto da Casa Civil; e, (b) que “haveria bastante coisa ‘para fazer’ lá”.
E das conversas reproduzidas, fica perceptível o intento do grupo na assunção de hospitais de Canoas, aproveitando-se, para tanto, da pessoa de Daniel. Este, por sua vez, já teria ocupado cargos de Secretário da Saúde em municípios paulistas, em reduto eleitoral de Marcelo Squassoni.
Além das duas farmácias já mencionadas, outras duas foram abertas pelo grupo estabelecido em São Paulo, Pharma Saúde, de Luca Godoy Toledo e Adriano Vicente da Silva, e Bifarma Prime, de Flávio Godoy Toledo, Diúlio Squassoni (filho de Marcelo) e de Pietra Coscina (filha de Maurício Machado Coscina, pessoa que conversava com Flávio quando o mesmo mostrava o intuito de assumir a gestão dos hospitais, com inclusão de Daniel).
O desembargador Newton Brasil de Leão, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, determinou o afastamento do prefeito de Canoas, a alma petista Jairo Jorge, por 180 dias. A decisão também vale para mais cinco agentes públicos do município: Fábio Cannas, Secretário de Gestão e Planejamento; Maicon de Barros Lemos, Secretário Municipal da Saúde, Roger Henrique de Melo, Agente Administrativo lotado na Diretoria de Licitações e Compras, Danilo de Azevedo Costa, funcionário público que atuou na Secretaria de Planejamento e Gestão em processo de dispensa de licitação e Régis de Oliveira Junior, Assessor Superior na Administração do Município. Três deles são indicados do partido Avante, que é comandado no Rio Grande do Sul pelo ex-"menino" da mulher sapiens petista Dilma Rousseff, Anderson Dornelles, o qual tem a pretensão de se eleger deputado federal em outubro. Ao voltar de Brasília, consagrado como presidente regional do Avante no Estado, ele trouxe um grupo de assessores, os quais foram instalados em uma casa alugada em Canoas. Nas festas realizadas pelo grupo, embriagados, um deles comentava que todos iriam trabalhar no Hospital Universitário (antigo Hospital da Ulbra), assim que Anderson Dornelles obtivesse o controle do setor na prefeitura municipal.
O prefeito alma petista Jairo Jorge precisa dissimular seu interesse em empresas privadas, por meio de sua mulher e enteada, porque promoveu a alteração de seu regime de casamento, anos atrás, quando já sofria processos por improbidade administrativa. Para preservar os bens patrimoniais, promoveu a alteração judicial do regime de casamento, de comunhão universal para separação total de bens. Assim todos os bens do casal ficaram com a prima do bandido petista mensaleiro José Dirceu, Thais Oliveira Pena. Na época, a existência do processo foi apontada por Videversus, mas nada foi feito pelo Ministério Público ou pela Justiça para obstar o processo. O promotor da época era muito amigo de Jairo Jorge e terminou ganhando um grande prêmio do governador petista Tarso Genro. Aliás, Jairo Jorge foi chefe de gabinete do então ministro da Educação petista, Tarso Genro, no primeiro governo do ex-presidiário Lula. Nos processos movidos contra Jairo Jorge, o Ministério Público costuma adicionar cópia da matéria de Videversus sobre a mudança do regime de casamento do prefeito e sua mulher Thais.
Agora, na Operação Copa Livre, neste caso da GSM, surgem os empresários José Antônio Guerino e Paulo Sirqueira Korek Farias, sócios da empresa A2 Transportes Ltda. – tida pelo Ministério Público como integrante do grupo criminoso –, a qual forneceu (falso) Atestado de Capacidade Técnica para que a empresa GMS estivesse apta a participar do certame de dispensa de licitação.
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| Anderson Dornelles, menino de Dilma |
No procedimento de dispensa, Rodrigo teria sido o responsável por atestar a viabilidade econômica da proposta da empresa GMS, e que os preços apresentados estavam de acordo com o mercado. Da mesma forma, procedeu em tardia assinatura do Termo de Dispensa, assim o fazendo somente após início das investigações pelo Tribunal de Contas do Estado.
André Eustáquio, por sua vez, teria determinado a elaboração de memorando visando excluir a empresa RealCred (única tida como não-integrante do esquema) do certame, documento este que fora subscrito por Roger Henrique de Mello, que retirou dos autos a cotação apresentada pela referida empresa.
Rodrigo Vieira de Assis e André Eustáquio Fernandes, depois de vir à tona o Relatório do Tribunal de Contas tratando das irregularidades envolvendo a contratação da empresa GMS Serviços de Limpeza pela prefeitura de Canoas, teriam sido exonerados dos cargos que ocupavam. Contudo, conversas telefônicas captadas por meio da medida de interceptação revelaram que os investigados não foram desvinculados, propriamente, da gestão pública, mas sim realocados para trabalhar no Hospital Universitário.
Na sequência da investigação, análises nos e-mails (quebra telemática deferida) da investigada Gabriela Mestre Sangenito denotaram que ela se comunicava com os outros proprietários das empresas participantes do certame que sua empresa vencera. Os temas giravam em torno de aportes de valores na empresa GMS, todavia “maquiados” como integralização de capital e empréstimos de sócios ocultos.
Em anexo de e-mail, foi identificado o arquivo intitulado de “Lucros a Distribuir”, o qual continha planilha (reproduzida na petição) em que figuravam como supostos beneficiários os nominados Paulo, Júlio, Anderson, Marcelo e Alexandre.
Paulo foi identificado como sendo Paulo Sirqueira Korek Farias, um dos já mencionados sócios da empresa A2 Transportes, a qual forneceu o (ao que tudo indica falso) atestado de capacidade técnica à empresa GMS. De acordo com o Ministério Público, Paulo, empresário, possui envolvimento com cooperativas no Estado de São Paulo, bem como vínculos políticos, sendo presidente de agremiação de futebol.
Júlio foi identificado como Júlio Salvador Filho, empresário e Vice-Presidente do mesmo clube de futebol presidido por Paulo. Consta ser proprietário das empresas Evolução Comércio e Serv. Ltda. e Ultrafarma Drogaria, sendo sócio da esposa de Paulo, Maria Angélica Korek Farias, na última.
Conforme verificado em Análises Técnicas do Ministério Público, Júlio teria efetuado repasses de valores à empresa GMS, e recebido valores da empresa Alexandre Kohn Merladete – ME. Aliás, de acordo com conclusão do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do Núcleo de Inteligência do Ministério Público, houve repasse de valor a Júlio na mesma data em que a empresa GMS recebera do município, bem como transferências outras entre as empresas Alexandre Kohn Merladete – ME e GMS.
O Ministério Público ainda aponta como investigado Fábio Ramos Cannas, Secretário de Gestão e Planejamento de Canoas. Segundo apurado nas quebras de sigilos telefônicos e telemáticos, num momento em que a empresa GMS passava por dificuldades, e que então sua sócia e esposo/companheiro questionavam “os sócios ocultos” acerca de aportes financeiros, Alexandre Merladete, em ato último, teria relatado “toda a história” ao Secretário Fábio Cannas. Este, por sua vez, não procedera na ruptura do ilegal contrato, prometendo, de outra banda, ajudá-los ( empresa GMS). E assim o fez, determinando/procedendo em novo pagamento do município à empresa GMS, mesmo quando cientificado acerca de “toda história”, o que denota que tinha ciência do esquema.
No tocante ao prefeito Jairo Jorge, é pertinente trazer a tona que na fase pré eleitoral, a figura de Anderson Luiz Santana. Santana figurava como sócio do empresário paulista Paulo Sirqueira Korek Farias, na empresa AP Engenharia Clínica, e teria envolvimento na entrega de valores ao então Jairo Jorge, líder das pesquisas, visando as futuras vantagens indevidas.
Cabe ainda salientar a quebra de sigilo telemático de Gabriela, sócia da contratada GMS, apurou ter esta mencionado, em mensagens, frases contendo as expressões “cobrança de 5% pelo Prefeito” e “mesada bem alta”. Gabriela ainda comenta, no mesmo contexto, quanto à expectativa de futuros contratos com a Prefeitura, “mais faturados”.
De suas conversas com o esposo/companheiro Alexandre, ainda possível constatar trechos em que ambos falavam sobre a reunião entre Marcelo e Jairo Jorge, que ocorreria em São Paulo. As evidências atrás mencionadas indicam, portanto, o provável envolvimento do prefeito Jairo Jorge nos ajustes e planos ilícitos. Aliás, documentos anexados aos autos ainda indicam, com clareza, que, no campo formal, o prefeito Jairo Jorge somente assinou o contrato com a empresa GMS após intervenção do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.









É um espetáculo essa Justiça brasileira.




O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,761, com recuo de R$ 0,026 (-0,54%). Depois de iniciar o dia em alta, a cotação reverteu a tendência e caiu logo após a abertura das negociações no mercado norte-americano. Na mínima do dia, por volta das 13h, chegou a R$ 4,72, mas o preço baixo atraiu a compra por grandes empresas que querem fechar o caixa no fim do trimestre.



















O então presidente norte-americano, Donald Trump, abandonou o pacto em 2018, levando Teerã a começar a violar as restrições nucleares cerca de um ano depois, e 11 meses de conversas intermitentes para revivê-lo foram pausadas em Viena no começo deste mês, após a Rússia apresentar um novo obstáculo.

Os rebeldes houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, na verdade uma autêntica filiam iraniana de terrorismo, reivindicaram a autoria dos ataques às instalações sauditas nesta sexta-feira (25), e a coalizão liderada pelos sauditas afirmou que a estação de distribuição de produtos da Aramco em Jeddah foi atingida, causando um incêndio em dois tanques, mas sem vítimas.







