quarta-feira, 4 de julho de 2018

Receita e Polícia Federal pegam no porto de Santos mais 839 quilos de cocaína


A Alfândega da Receita apreendeu 839 quilos de cocaína no porto de Santos na madrugada desta quarta-feira, 4. A ação foi realizada em conjunto com a Polícia Federal e com apoio da Guarda Portuária e do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (2.º BAEP). Ainda na noite de terça-feira, 3, foi detectada ‘movimentação suspeita’ de um caminhão no pátio de contêineres de um terminal portuário. Equipes da Receita e da Polícia Federal localizaram dentro de um contêiner (próximo ao caminhão), junto à porta, 16 bolsas esportivas de tecido, de cor preta, contendo diversos tabletes de substância parecida com cocaína, com peso total de 509 quilos.

A carga regular do contêiner era composta por proteína de soja a granel e seu destino era o porto de Bilbao, na Espanha, com baldeação programada no porto de Antuérpia, na Bélgica. Outras verificações efetuadas a partir dos dados obtidos após a primeira apreensão conduziram à localização de uma segunda unidade de carga. Aberto, no segundo contêiner foram localizadas outras oito bolsas esportivas, também de tecido, e mais quatro sacos de ráfia, tudo contendo diversos tabletes de substância branca, com peso total de 330kg.A carga do segundo contêiner era de papel, com destino ao porto de Valência, na Espanha. Atendendo às atribuições e às prerrogativas legais de cada órgão, a droga foi entregue à guarda da Polícia Federal de Santos, bem como o motorista foi por ela conduzido, para prosseguimento das investigações. Há muitos anos o Porto de Santos vem sendo usado sistematicamente para a "exportação" de cocaína para a Europa, realizada por quadrilhas brasileiras que recebem a substância da Colômbia e Bolívia, via Paraguai, e fazem as exportações para as máfias européias. Um desses casos foi desmontado por uma operação que foi desdobramento da Operação Lava Jato. Nessa investigação foi presa uma doleira brasileira que atuava na Europa, a gaúcha Maria de Fátima Stocker, a qual foi presa, julgada, condenada e está cumprindo pena na Itália. Ela intermediava trafico de cocaína para a máfia Ndrangheta. No Brasil, utilizava os serviços de doleiros que estavam implicados na Operação Lava Jato. Ou seja, dinheiro da propina, dinheiro roubado da Petrobras, era aplicado no tráfico de cocaína.

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