terça-feira, 19 de junho de 2018

CVM condena investidores por informação privilegiada no caso Globex/Casas Bahia, quase uma década depois

O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou hoje quatro investidores acusados de negociar ações da Globex com uso de informações privilegiadas dias antes da divulgação do acordo de associação com a Casas Bahia, no fim de 2009. Como é possível acreditar em um mercado acionário fiscalizado por um órgão vagabundo e preguiçoso, que levou quase uma década para julgar este caso? A Bolsa se consagra assim como lugar de pirataria livre. Guilherme Soter Lopes da Silva, Rodrigo Rodrigues da Silva, Cláudia Maria da Costa e Henvironmenth Sistemas Ambientais pagarão juntos R$ 684 mil em multas, o equivalente a 1,5 vez o lucro auferido por eles com as operações corrigido pelo IPCA.


No voto, o diretor-relator Gustavo Borba rejeitou as alegações de prescrição da irregularidade e também destacou que os acusados tinham relações pessoais entre si e com pessoas que tiveram acesso às negociações entre as duas empresas. Segundo ele, as operações de compra e venda em datas próximas ao anúncio, comprovam isso. Esse não é o primeiro processo administrativo sancionador na CVM relacionado à operação da Globex/Casas Bahia. A autarquia já chegou a firmar um termo de compromisso com o então diretor de Relações com Investidores da Globex. Os dirigentes da Comissao de Valores Mobiliários poderiam dar um destino melhor às suas decisões, enrolando em um canudinho e enfiando em um lugar adequado. 

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