quarta-feira, 16 de maio de 2018

Assaltante vagabundo morto pela cabo Katia Sastre em Suzano era chefe de quadrilha que matou idoso e queimou seu corpo


Elivelton Neves Moreira, de 20 anos, o assaltante vagabundo que foi morto por uma policial de folga após sacar uma arma em frente a uma escola particular em Suzano (SP), a cabo Katia Sastre, foi apontado como chefe da quadrilha que roubou, matou e queimou o aposentado Renato Brígido, de 58 anos, segundo a polícia paulista. Em 2017, o aposentado ficou desaparecido por quase 20 dias até o corpo ser encontrado em Poá. O corpo do idoso foi encontrado queimado, após o carro dele ter sido roubado. O suspeito deste crime foi morto no sábado (12) depois de, armado, abordar mães na frente da escola, no bairro Cidade Cruzeiro do Sul.

O delegado Edson Gianuzzi, do Distrito Central de Suzano, disse nesta segunda-feira (14), que Elivelton Neves Moreira foi identificado como o líder da quadrilha que assaltou e matou o aposentado Renato Brígido, de 58 anos, em 2017. O delegado informou que o rapaz foi um dos sete indiciados no crime. Segundo Gianuzzi, eles foram indiciados por latrocínio (que é o roubo seguido de morte), ocultação de cadáver e formação de quadrilha. “Esse rapaz foi apontado como chefe da quadrilha, durante o inquérito, por outros envolvidos”, contou o delegado. A Polícia Civil pediu a a prisão temporária de Moreira assim como dos outros envolvidos, mas na ocasião ele não foi encontrado. Gianuzzi acrescentou que depois foi pedida a prisão preventiva, mas a Justiça não a concedeu". Além de ter sido indiciado por latrocínio, ocultação de cadáver e formação de quadrilha neste caso, Elivelton era suspeito de outros crimes. Segundo a polícia, em 2014, aos 17 anos, ele respondeu por ato infracional de embriaguez ao volante. Meses depois, ele foi apreendido e levado para a Fundação Casa por roubo.

Já maior, em 2015, ele foi investigado após ter sido flagrado com um simulacro de arma. Em dezembro de 2015, ainda segundo a polícia, foi preso em flagrante por receptação de veículo. Elivelton foi solto em maio de 2016. A última passagem pela polícia foi em agosto de 2017, quando ele é citado em um termo circunstanciado por falta de CNH e adulteração de sinal identificador de veículo. Apesar de todas essas passagens policiais, não há processo contra ele. Sobre o pedido de prisão por latrocínio, o delegado explicou que o caso ainda está em fase inicial.  Ainda segundo Gianuzzi, como o inquérito foi encerrado não houve um retorno à polícia sobre o pedido de prisão de Elivelton. Como o nome dele não entrou na lista de procurados, de acordo com o delegado, significa que o pedido não foi acatado. 

O idoso Brígido saiu de casa, em Suzano, no dia 30 de agosto, por volta das 23 horas, rumo à casa do filho, que estava viajando. O aposentado passaria a noite no local, que fica na mesma cidade, a menos de 2 quilômetros de distância, mas não chegou ao destino. O corpo foi encontrado carbonizado no dia 18 de setembro. O delegado Fabrizio Intelizano, na época, classificou que o fato de carbonizar o corpo da forma como foi feita demonstra que os suspeitos não tiveram piedade da vítima. Ele afirmou ainda que a polícia ouviu relatos de testemunhas que, na ocasião, dos fatos ouviram a vítima gritar por socorro e acabaram que não conseguiram verificar o que tinha acontecido de fato. Um dia depois do desaparecimento, câmeras de um condomínio no bairro Monte Cristo, também em Suzano, gravaram a entrada do carro do aposentado. O veículo era conduzido por dois homens. O corpo foi encontrado apenas no dia 18 de setembro em Poá. Imagens de câmeras de segurança de uma empresa localizada perto da área, mostram mulheres conversando com a vítima. Na época, a polícia já havia identificado e prendido dois suspeitos, sendo uma mulher. Um terceiro já estava preso em Caraguatatuba e passou a responder também pelo latrocínio. Apenas o carro foi roubado. Nada de valor foi levado do veículo e nenhum contato ou movimentação bancária foram feitos depois que a vítima sumiu.

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