sexta-feira, 13 de abril de 2018

Gilmar Mendes abre intensa marcação cerrada sobre o juiz Marcelo Bretas, agora é guerra aberta


O ministro Gilmar Mendes pediu a seis órgãos públicos que investiguem “eventuais irregularidades” no processo que garantiu auxílio-moradia dobrado ao juiz Marcelo Bretas e sua mulher, a também juíza Simone Bretas. No despacho, publicado pelo Diário da Justiça de hoje, o ministro do Supremo aciona o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho da Justiça Federal, a presidência e a Corregedoria do TRF-2, a Procuradoria Geral da República e a Advocacia Geral da União. Em 2014, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça proibiu que juízes casados acumulassem auxílio-moradia. No ano seguinte, Bretas e a mulher foram à Justiça e conseguiram receber o benefício dobrado. Definitivamente, essa coisa de auxílio-moradia e todos os outros penduricalhos que compõem os ganhos mensais de juízes, promotores e procuradores estaduais e federais são uma rematada imoralidade, inaceitáveis. Nesse aspecto, Gilmar Mendes tem razão. Mas, por qual razão essa individualização na figura do juiz Bretas? Apenas por que ele insiste em meter na cadeia os mafiosos do transporte público do Rio de Janeiro que Gilmar Mendes insiste em soltar, em processo no qual não deveria estar despachando, ao menos por uma questão de decoro? Isso não é atitude que se espera de um ministro da Suprema Corte.

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