segunda-feira, 19 de março de 2018

Principe Naruhito, do Japão, visita estação da Embrapa em Brasília


Entre os compromissos oficiais durante os dias que ficará no Brasil, o príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, pediu para visitar a Embrapa Cerrados, a cerca de 35 quilômetros do centro de Brasília, para acompanhar o andamento dos projetos desenvolvidos. A visita foi um pedido pessoal de Naruhito, que já havia visitado o local em 1982. Na companhia do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, visitou duas fazendas da empesa. Lá, ele conheceu as plantações de café, soja e cana-de-açúcar. “Ele ficou bastante impressionado de ver o café robusta no Cerrado. O Brasil é muito conhecido como produtor do café arábica, mas cada vez mais o café robusta ganha expressão no Brasil. É um café muito importante para se fazer o café solúvel, cafés de alta qualidade e de alto valor no mercado”, disse Lopes após o encontro.

Além disso, ele disse que o príncipe japonês ficou satisfeito em ver a evolução do Brasil no setor. “O Brasil fez algo extraordinário num espaço de tempo muito curto. Em 40 anos, alcançou a segurança alimentar, se projetou como um grande provedor de alimentos para o mundo, isso graças ao investimento que o Brasil fez no desenvolvimento de um modelo de agricultura baseado em ciência”. O interesse de Naruhito se justifica. Afinal, a Embrapa teve, sobretudo nas décadas de 70 e 80, uma forte parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jaica). Com essa parceria, foi possível, por exemplo, avançar nas pesquisas de correção do solo ácido do Cerrado. Com conhecimento técnico e equipamentos japoneses, a Embrapa conseguiu plantar com sucesso soja, café, milho, algodão, dentre outras culturas.

“Nós recebemos equipamentos muito importantes num momento em que era difícil estruturar e montar laboratórios. A cooperação japonesa teve um papel muito importante no desenvolvimento dessa unidade”, disse Lopes. “Parcerias, como a Embrapa - Jaica ajudaram o Brasil a transformar seus solos, grandes extensões de solos pobres e ácidos, em solos férteis. Ajudou a tropicalizar cultivos e também no desenvolvimento de práticas sustentáveis”, completou. 

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