A explosão de uma bomba seguida de um ataque a tiros contra uma mesquita no norte do Egito deixou pelo menos 235 mortos e mais de 125 feridos nesta sexta-feira (24). O ataque aconteceu na mesquita de Al-Rawdah em Bir al-Abed, que fica a 70 quilômetros de El Arish, capital do Sinai egípcio e próxima da fronteira do país com Israel e com a Faixa de Gaza. Bombas explodiram dentro da mesquita no fim das orações desta sexta-feira. Enquanto as pessoas fugiam, cerca de 40 homens armados que estavam em jipes começaram a disparar contra a multidão. Os canais de TV no local mostraram dezenas de ambulâncias na região para atender as vítimas. Pelo menos 50 veículos levaram alguns dos feridos para hospitais de El Arish. Pelo menos um homem-bomba esteve envolvido no ataque. É o ataque mais letal da história moderna do Egito.
A mesquita atacada é do sufismo, uma vertente mística do islamismo que não é aceita por grupos extremistas. Nos últimos três anos a região do Sinai tem sido palco de confronto entre as forças de segurança do governo e militantes do Estado Islâmico, que miram especialmente cristãos na região. Centenas de pessoas já morreram nos confrontos.
Horas depois do ataque, as Forças Armadas do Egito começaram a fazer ataques aéreos a locais ligados aos terroristas islâmicos nas montanhas ao redor de Bir al-Abed. "As Forças Armadas e a polícia vão vingar nossos mártires e restaurar a segurança e a estabilidade com a maior força", disse o presidente Abdel Fattah el-Sisi na televisão egípcia. "O que está acontecendo é uma tentativa de nos impedir nos nossos esforços na guerra contra o terrorismo, para destruir nossos esforços para parar o terrível plano criminoso que quer destruir o que restou da nossa região".
Os ataques na região começaram depois que o então presidente Mohammed Mursi, da organização islâmico-nazista Irmandade Muçulmana, , a mãe de todas as organizações terroristas islâmicas, foi destituído do cargo pelos militares em 2013.
O atentado desta sexta-feira acontece um dia antes após o Egito começar um período de testes de três dias de uma abertura na passagem da fronteira com a Faixa de Gaza. Sisi convocou uma reunião de emergência sobre o ataque e anunciou luto de três dias no país.
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