sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Lotex será concedida por 25 anos com lance mínimo de R$ 1 bilhão, diz Ministério da Fazenda

Em resolução publicada em edição extra do Diário Oficial da União, o governo Temer decidiu que o lance mínimo pelo direito de exploração da Lotex, estatal de loterias instantâneas da Caixa Econômica Federal, que o governo informou que irá privatizar, será de R$ 1 bilhão. Segundo o Ministério da Fazenda, a estatal será concedida pelo período de 25 anos. A consulta pública deve ser realizada ainda neste mês, com publicação de edital em outubro e o leilão acontecendo em meados de dezembro deste ano. 

O critério de julgamento na licitação será a maior oferta, que deverá ser paga em parcela única. Ficou decidido que o faturamento bruto com a venda dos bilhetes será dividido em três partes: 65% para o pagamento de prêmios, 18,3% como faturamento do concessionário e 16,7% será receita da União. "Espera-se que o leilão atraia os maiores operadores globais de loteria instantânea, o que poderá levar a significativo ágio no valor da outorga, ao aumento da concorrência no mercado de loterias e à modernização do setor no Brasil", afirmou a Fazenda em nota. 

A expectativa é que o mercado de loterias cresça ao longo dos próximos 10 anos, ainda segundo o ministério. "Isso significará o crescimento dos recursos destinados a esportes, sistema penitenciário e seguridade social". O planejamento inicial, explicou a pasta, previa que a Caixa Instantânea, subsidiária do banco estatal criada em janeiro de 2016, tivesse 51% de suas ações vendidas para um parceiro privado internacional, com expertise na operacionalização de loteria instantânea. A venda dessas ações representaria receitas para o Tesouro na forma de tributos a serem pagos através da venda do controle acionário da subsidiária. "No entanto, na administração atual, os estudos conduzidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela execução e acompanhamento do processo de desestatização da Lotex, recomendaram a concessão comum desse serviço público não-essencial como o melhor modelo a ser adotado pela União", afirmou o ministério em nota.

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