quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Fachin homologa delação de Funaro, apontado como operador do PMDB

O ministro Edson Fachin, relator dos casos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada do corretor de valores Lúcio Funaro. Preso em Brasília desde julho de 2016, Funaro forneceu informações à Procuradoria-Geral da República sobre esquema de corrupção envolvendo políticos do PMDB. Ele é apontado por investigadores como operador de propina ligado ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso no Paraná. As informações prestadas por Funaro devem ser usadas na segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, esperada para os próximos dias.

O presidente é investigado por suspeitas de participar de organização criminosa e obstruir a Justiça. Para o procurador-geral, Rodrigo Janot, Temer deu aval para o empresário Joesley Batista, dono da JBS, fazer pagamentos à família de Funaro com o objetivo de que ele não dissesse o que sabe sobre esquemas ilícitos. Funaro assinou o acordo com a Procuradoria Geral da República no fim de agosto. Os investigadores enviaram o material a Fachin, que em seguida devolveu os documentos para que a Procuradoria fizesse ajustes em uma cláusula que tratava de improbidade administrativa. O procedimento permanece em segredo de Justiça.

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