domingo, 17 de setembro de 2017

Com déficit estimado em R$ 6,9 bilhões para 2018, o Rio Grande do Sul se prepara para o colapso



O governo do Rio Grande do Sul, comandado pelo muito incompetente e inapetente governador José Ivo Sartori, do PMDB, teme um “colapso dos serviços públicos” no ano que vem. A afirmação foi feita na quinta-feira pelo secretário de Planejamento, Governança e Gestão, o caxiense Carlos Búrigo, quando apresentou o projeto com déficit de 6,9 bilhões previsto para 2018 no orçamento estadual. A Lei Orçamentária ainda precisa ser aprovada pelos deputados estaduais e apresenta uma estimativa total de 63,2 bilhões de reais em receitas e 70,1 bilhões em despesas fixadas, o que resulta em um déficit de 6,9 bilhões. O incompetente governo de Sartori continua produzindo o mesmo erro de sempre, de mais de meio século, de todos os governos, que é o de listar primeiro todos os gastos, e aí tentar adequar as receitas a isso. Deveria ser o contrário. Primeiro, levantar o total de receita estimada, e limitar os gastos abaixo disso. 

Para sair da crise e voltar a pagar o salário dos servidores em dia, porque estão sendo atrasados e parcelados há 20 meses, o governo aposta na adesão ao regime de recuperação fiscal, que prevê ajuda federal com suspensão do pagamento da dívida por três anos e recursos financeiros. Com a adesão, o déficit gaúcho de 2018 diminuiria para 3,1 bilhões. Segundo Búrigo, o governo está elaborando a proposta para apresentar ao governo federal em 15 dias. “Não tem saída a não ser assinar o regime de recuperação fiscal”, disse Búrigo. Mas, aí é que reside o problema do governo muito incompetente e inapetente de José Ivo Sartori, porque a Assembléia Legislativa, composta por deputados totalmente sabujos dos corporativismos estatais, refém do keynesianismo mais rastaquera possível, rejeita aprovar a autorização que falta para a assinatura do contrato com a União. É aquela que permite a privatização de estatais.

O incompetente e inapetente peemedebista Sartori já sabe que nada conseguirá com a Assembléia. Agora também se convenceu que o governo inerme dele irá ao colapso logo se não conseguir assinar esse contrato, e sabe que não assinará se não entregar o que está previsto na lei federal, ou seja, as contrapartidas.

Então José Ivo Sartori acampou na última quarta-feira em Brasília, fechado em reunião com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, conhecido com inventor de mágicas financeiras. Já que o mundo político gaúcho renega a privatização de qualquer estatal, então ele bolou uma alternativa que é uma espécie de gambiarra.

Da mente fértil de Eliseu Padilha saiu a proposta de o governo do Rio Grande do Sul oferecer à União as concessões de lavras para exploração de carvão que detém, sob controle da estatal CRM (Companhia Riograndense de Mineração). Sem essas lavras, a CRM não é nada, pode fechar porque não terá o que fazer. Porém, o mais grave é que isso significa a mais gigantesca operação entreguista jamais realizada antes no País. As reservas de carvão contidas nas lavras concedidas ao governo do Rio Grande do Sul, por meio da estatal CRM, representam energia garantida para suprir todo o consumo do Estado por mais de 240 anos. O carvão acumulado nessas reservas tem valor estimado não inferior a 100 bilhões de dólares. No entanto, essa gigantesca riqueza seria entregue a custo de banana para a União, que privatizaria sua exploração por meio do BNDES. É evidente que por trás disso tudo estão capitais chineses, altamente interessados em dominar essa gigantesca reserva energética. O objetivo dos chineses é retirar gás do carvão e transferir esse gás para a China, onde produzirá energia elétrica em usinas térmicas construídas em sociedade com os sul-africanos da Sasol. Os sul-africanos têm desde o final da Segunda Guera, roubada dos alemães, a tecnologia para obtenção de oléo diesel, gasolina, querosene de aviação, eteno, benzeno, propeno, e mais duas dúzias de subprodutos extraídos do carvão, com grau de pureza muito maior do que aqueles produtos obtidos com o refino do petróleo. 

Assim, em desespero de causa, diante do iminente colapso de seu governo, o que explodiria as suas chances de reeleição, o muito incompetente e inapetente peemedebista José Ivo Sartori deu a ordem para o início do processo da maior operação entreguista de patrimônio pública de toda a história do Rio Grande do Sul. Desde a sua volta de Brasília onde pariu esse idéia entreguista junto com Eliseu Padilha, ele deu ordem a servidores escolhidos a dedo para promoverem o levantamento, no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) o levantamento de todas as concessões da CRM. Padilha também tem grande influência sobre este órgão federal, que cuida de todas as riquezas nacionais do subsolo. 

Segundo Búrigo, 75% da receita corrente líquida do governo é usada para o pagamento de pessoal, sendo que os aposentados e pensionistas já representam 58,5% do total da folha. O total do endividamento do Estado do Rio Grande do Sul é de 104,2 bilhões de reais, sendo a maior parte da dívida com o governo federal. O Rio Grande do Sul deve 57 bilhões reais à União por uma dívida iniciada em 1998, no valor de 9,5 bilhões de reais, firmada na gestão do governador Antônio Britto (PMDB). O Estado já pagou 25,8 bilhões da dívida.

Do total do orçamento de 2018, o governo irá destinar 3,8 bilhões de reais para a saúde, 9,8 bilhões de reais à educação e 9,56 bilhões à segurança pública. A verba para a segurança terá um crescimento de 16% do valor porque partir do ano que vem os gastos previdenciários com servidores da área serão incluídos no cálculo. Sem a assinatura do contrato de recuperação fiscal o colapso será inevitável, mas será necessário o Rio Grande do Sul entregar um patrimônio avaliado em mais de 100 bilhões de dólares para escapar por um ou dois anos do colapso, apenas para garantir as chances de reeleição do mais incompetente e inapetente de seus governadores em todos os tempos:

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