A Guarda Nacional Bolivariana (GNB), uma mílicia cubano-venezuelana, invadiu e ocupou na noite desta quarta-feira um salão do Parlamento Venezuela, de maioria opositora ao governo do ditador psicopata Nicolás Maduro, como parte dos preparativos de segurança para a instalação da Assembleia Nacional Constituinte fraudulenta. Os agentes da GNB entraram no salão elíptico do Palácio Federal Legislativo. Durante a invasão e ocupação, o presidente do Parlamento, o opositor Julio Borges, garantiu que a Guarda Nacional perdia tempo, já que, segundo ele, a Constituinte é uma “fraude”. Além disso, afirmou que os deputados seguirão trabalhando normalmente no local.
A oposição e os diversos agentes sociais que são contra a Constituinte veem neste processo, convocado sem um referendo prévio de aprovação, uma forma do psicopata Nicolas Maduro “consolidar a ditadura” na Venezuela. “Seguiremos ao lado do povo, e com apoio da comunidade internacional, em sessões na sede da Assembleia Nacional, pela liberdade da Venezuela”, escreveu Borges no Twitter.
De acordo com a convocação da eleição feita por Maduro, a Assembleia Nacional Constituinte é um órgão que será instalado na sede do Poder Legislativo do país, com poder de eliminar a imunidade parlamentar e dissolver instituições do Estado que são críticas ao governo. O ditador psicopata bolivariano nomeou Jorge Arreaza como novo ministro das Relações Exteriores, em substituição de Samuel Moncada, que, segundo o mandatário, se encarregou da transição após a saída de Delcy Rodríguez, que se lançou candidata à Assembleia Nacional Constituinte.
“Decidi nomear como chanceler titular, ministro de Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela, o companheiro Jorge Arreaza, que assumirá a titularidade da Chancelaria a partir de hoje”, disse Maduro, em ato oficial realizado em Caracas. Arreaza já desempenhou no governo a função de ministro de Desenvolvimento Mineirador Ecológico, além de ter sido vice-presidente executivo do país entre abril de 2013 e janeiro de 2016.
Os países da União Europeia (UE) disseram nesta quarta-feira que não reconhecem a Assembleia Constituinte de Maduro, por dúvidas sobre a legitimidade, e advertiram que “intensificarão” a resposta se as autoridades venezuelanas seguirem destruindo os princípios democráticos do país. A UE e seus Estados-membros “não podem reconhecer a Assembleia Constituinte pela preocupação quanto à efetiva representatividade e legitimidade”, apontou a alta representante da União para a Política Exterior, Federica Mogherini, em um comunicado.
Nessa nota, os países da União Européia pedem que Maduro tome “medidas urgentes para retificar o curso dos eventos” e apontam que “estão dispostos a intensificar a resposta caso os princípios democráticos sigam sendo minados e a Constituição venezuelana não seja respeitada”. Em particular, pediram a “suspensão” da instalação da Constituinte. “As circunstâncias na qual foi votada geram dúvidas sobre a capacidade da Assembleia Constituinte de representar de maneira efetiva todos os componentes da população venezuelana”, sublinharam.”, disseram.
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