terça-feira, 1 de agosto de 2017

Adriana Ancelmo, a "Riqueza", diz que foi seu ex-sócio que tratou de processos relacionados a Eike Batista


A advogada Adriana Ancelmo, a "Riqueza", também chamada de "garota do Leblon", mulher do ex-governador do Rio de Janeiro, o corruptibilíssimo peemedebista Sérgio Cabral, afirmou durante interrogatório, nesta segunda-feira (31), não ter atuado diretamente nos processos relacionados ao empresário Eike Batista. Segundo a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, esses casos foram conduzidos pelo seu ex-sócio e ex-marido, o advogado Sérgio Coelho. 

Adriana Anselmo, Sérgio Cabral e o bilionário piramista de papel Eike Batista são réus em processo resultado da Operação Eficiência, deflagrada em janeiro deste ano. "Eu e Eike nos conhecemos por razões institucionais", disse ela. "Nunca estive com nenhum executivo do grupo EBX nem de empresas ligadas a ele. Os trabalhos foram feitos com meu ex-sócio Sérgio Coelho", afirmou ao juiz Marcelo Bretas, responsável pelos desdobramentos da Lava-Jato no Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, o bilionário piramista de papel Eike Batista pagou mais de R$ 1 milhão em propina a Sérgio Cabral por meio do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo. Segundo os procuradores, para ocultar o repasse, foi firmado um contrato entre o escritório da mulher de Cabral e a EBX, de Eike. A mulher do ex-governador, que está atualmente em prisão domiciliar em seu apartamento-mansão no Leblon, detalhou que havia três demandas das empresas de Eike no escritório. Uma delas era uma auditoria jurídicas em ativos da REX, empresa de desenvolvimento imobiliário do grupo de Eike. A outra era referente a uma disputa entre o empresário e um ex-executivo do seu grupo, Rodolfo Landim. Uma terceira seria relacionada à Techint Engenharia. "Não atuei em momento algum em nenhuma dessas demandas", declarou ela. Bretas questionou se ela não tinha sido informada pelo contrato com Eike. "Tínhamos autonomia, o escritório era grande. Sobre a REX, sabia que estava ocorrendo a auditoria jurídica. Mas sobre Landim e Techint não tive conhecimento sobre o desenrolar disso", disse. Adriana também disse que Cabral "jamais" pediu a empresas para fazer contratos com seu escritório.

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