quinta-feira, 6 de julho de 2017

Funaro é transferido para carceragem da PF em meio a negociação de delação

O doleiro Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que negocia um acordo de delação premiada com a Procuradoria, foi transferido na tarde desta quarta-feira (5) do Complexo Penitenciário da Papuda para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília. A transferência foi permitida pelo juiz da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Vallisney de Oliveira, o responsável pela operação Sépsis, que investiga um esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do FI-FGTS, fundo de investimentos administrado pela Caixa Econômica Federal.

A transferência foi solicitada pelo Ministério Público Federal. Funaro foi preso em junho de 2016 em Brasília por determinação de Vallisney e é apontado como operador de Eduardo Cunha no esquema de corrupção envolvendo a Caixa Econômica Federal. O ex-deputado está preso em Curitiba. O operador já havia tido outras conversas com os investigadores sobre a possibilidade de fazer uma delação premiada, mas mostrava resistência. Segundo advogados que chegaram a atendê-lo anteriormente, Funaro dizia que não podia colaborar porque devia fidelidade a Joesley Batista, dono da J&F. Em maio o empresário firmou acordo com a Justiça e contou que fazia pagamentos a Eduardo Cunha e Lucio Bolonha Funaro para mantê-los em silêncio. Depois do episódio, Funaro retomou a negociação.

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