terça-feira, 13 de junho de 2017

Ex-governador peemedebista Sérgio Cabral é condenado, o marido da "Riqueza", toma a primeira cadeia, de 14 anos


O juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), a 14 anos e 2 meses de prisão. Sérgio Cabral foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. A condenação acontece dentro da Operação Lava Jato. O peemedebista é acusado de de receber propina de R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez entre os anos de 2007 e 2011. 

Sérgio Moro determinou que o peemedebista Sérgio Cabral fique em regime fechado. A propina desta condenação refere-se a obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj, que pertence à Petrobras. Moro sentenciou: "considerando a dimensão dos crimes e especialmente a capacidade econômica de Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho ilustrada pelo patrimônio declarado de quase três milhões de reais e que, considerando o examinado nesta sentença, certamente é maior, fixo o dia multa em cinco salários mínimos vigentes ao tempo do último fato delitivo (05/2014)". E também: "entre os crimes de corrupção e de lavagem, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a catorze anos e dois meses de reclusão, que reputo definitivas para Sergio de Oliveira Cabral Santos Filho. Já as multas devem ser convertidas em valor e somadas". "Considerando as regras do art. 33 do Código Penal, fixo o regime fechado para o início de cumprimento da pena. A progressão de regime para a pena de corrupção fica, em princípio, condicionada à efetiva devolução do produto do crime, no caso a vantagem indevida recebida, nos termos do art. 33, §4º, do CP", escreveu o juiz.

Já a mulher do peemedebista Sérgio Cabral, a "garota do Leblon", Adriana de Lourdes Ancelmo, que ele chama de "Riqueza", foi absolvida por Sérgio Moro. Acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Moro diz que há "falta de prova suficiente de autoria ou participação" nos crimes imputados.

Também foram condenados na mesma sentença o ex-secretário Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho (10 anos e 8 meses de prisão) e o consultor e ex-braço direito do peemedebista Sérgio Cabral, Carlos Miranda (10 anos). Miranda, Wilson e Sérgio Cabral já estão presos preventivamente na Lava Jato.

O juiz decretou ainda "o confisco de valores equivalentes a R$ 6.662.150,00, o correspondente a R$ 2,7 milhões, corrigidos monetariamente pelo IGP-M (FGV) desde outubro de 2008 e agregados de 0,5% de juros simples ao mês, sobre o patrimônio dos condenados".

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