domingo, 16 de abril de 2017

Bradesco analisa que evolução da atividade econômica será determinante para a extensão e ritmo das próximas reduções de juros



Em linha com as expectativas, o Copom optou por reduzir a taxa de juros em 1%, de 12,25% para 11,25% ao ano, em reunião realizada na quarta-feira. Conforme apontado pelo comunicado da decisão, essa intensificação do ritmo de flexibilização em relação a janeiro e fevereiro (quando a Selic tinha recuado 0,75%) foi definida como “adequada”. O comitê atualizou seu cenário e balanço de riscos, com destaque para a visão de que a atividade econômica se estabilizou no curto prazo e que houve consolidação da desinflação dos itens mais sensíveis ao ciclo econômico. Para o balanço de riscos, houve destaque para a aprovação e a implementação de reformas e, além disso, o comitê chamou atenção para a importância dessas para a determinação da taxa de juros estrutural. Por fim, o comunicado trouxe informações adicionais relacionadas à extensão e ao ritmo dos próximos cortes da taxa de juros. Ainda que o cenário para as decisões futuras siga em aberto, a evolução da atividade econômica seguirá determinante para a flexibilização em andamento. De todo modo, reconhecemos que há atualmente a disposição em antecipar esse ciclo, caso a retomada da economia frustre as expectativas, o que implica dizer que as próximas reduções poderão ser mais intensas. A extensão, por sua vez, também refletirá as estimativas da taxa de juros estrutural, que continuarão em processo de reavaliação ao longo do tempo. Diante disso, acreditamos que a Selic encerrará este ano em 8,50%, com pelo menos mais um corte da taxa de juros de 1% na próxima reunião.

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