quinta-feira, 30 de março de 2017

É o fim da linha para a CEEE

A CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétria, estatal gaúcha) fechou seu balanço de 2016 com novo prejuízo, desta vez de R$ 527,2 milhões, o que a coloca diante da situação de se capitalizar imediatamente ou vender ativos rapidamente, porque perderá a concessão. A Aneel avisou que dois anos seguidos de prejuízos seriam punidos duramente. Como vender ativos e capitalizar são tarefas absurdas e impossíveis, a solução será privatizar para não perder tudo. O balanço até saiu mascarado com lucro de R$ 396,6 milhões, mas tudo porque houve uma receita extraordinária, não recorrente (que não se repete de R$ 1,27 bilhão, resultante da aplicação de regras da antecipação dos contratos de concessão das áreas de geração e transmissão, o grupo CEEE teve, no ano passado, seu primeiro lucro desde 2009. A divisão de geração e transmissão da companhia tem viabilidade econômica e financeira assegurada, mas o reiterado prejuízo da área de distribuição – a que transporta energia até o consumidor final – fez o diretor financeiro da companhia, Roberto Calazans, admitir que a empresa precisará fazer esforço – praticamente um milagre – para salvar a concessão da área de distribuição. No ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regula o setor, autorizou a renovação condicionada a não repetição de prejuízo em dois anos seguidos.

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