quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Iraque pede a Angola que volte a explorar petróleo em campos retomados da organização terrorista Estado Islâmico

O ministro iraquiano do Petróleo convidou na terça-feira a estatal angolana Sonangol a retomar suas atividades nos campos petrolíferos ao sul de Mossul, quando forem extintos os incêndios provocados pelos radicais do grupo Estado Islâmico (EI). As forças iraquianas tiraram do EI o controle dos campos petrolíferos de Qayyarah e Najmah no ano passado, mas as colunas de fumaça tóxica continuam após a fuga dos extremistas. Os radicais incendiaram os poços para frear o avanço das forças governamentais para Qayyarah, em seu caminho para reconquistar Mossul, o último grande bastião do EI no Iraque. O ministro do Petróleo, Jabbar al Luaibi, fez um pedido "à companhia petroleira angolana Sonangol para retomar suas atividades para desenvolver os campos de Qayyarah e Najmah". Al Luaibi fez essas declarações em uma reunião com o diretor administrativo da companhia, Edson dos Santos, segundo o comunicado. A maioria dos poços que foram incendiados pelos extremistas já estão sob controle, segundo o texto. No entanto, de acordo com o porta-voz do ministério, Asem Jihad, nove deles continuam pegando fogo. A companhia angolana, que assinou em 2009 o contrato de exploração, abandonou o Iraque em fevereiro de 2014 com a deterioração da situação política. Poucos meses mais tarde, o EI se apoderaria de amplas zonas de território ao norte e ao oeste de Bagdá. Desde então, a formação extremista tem perdido terreno, sobretudo desde que em 17 de outubro as tropas iraquianas lançaram uma importante ofensiva para recuperar Mossul. O governo iraquiano, cujos recursos dependem em grande parte do petróleo, sofreram graves consequências pela queda do preço do petróleo, enquanto um país paga um alto preço combatendo o EI. 

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