quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Temer admite que situação do Rio de Janeiro é gravíssima e sugere teto de gastos para Estados


O presidente Michel Temer avaliou nesta quinta-feira (10) que o problema financeiro do Rio de Janeiro é "seriíssimo" e defendeu que as unidades da federação adotem também um teto de gastos públicos para evitar que as despesas excedam as receitas. Em discurso em reunião do conselho de ciência e tecnologia, promovida no Palácio do Planalto, ele ressaltou que o Ministério da Defesa está preocupado inclusive com a questão da segurança pública no Rio de Janeiro. "Nós estamos com um problema seríssimo nos Estados brasileiros, particularmente no Rio de Janeiro. O ministro da Defesa está preocupadíssimo em como resolver as questões de segurança, porque, em dado momento, quase que a despesa excede a receita", afirmou. Para tentar reduzir a dívida estadual, o governador Luiz Fernando Pezão lançou um pacote de medidas impopulares, entre elas o aumento das alíquotas da contribuição previdenciária dos funcionários públicos para até 30%. Com a medida, a gestão estadual espera arrecadar R$ 5,5 bilhões em 2017 e R$ 8,3 bilhões em 2018. Na terça-feira (8), contudo, o desembargador Custódio de Barros Tostes, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deferiu liminar suspendendo as discussões sobre o aumento na contribuição previdenciária para servidores e aposentados do governo estadual. Em discurso, o presidente também disse que não se incomoda de terminar seu mandato impopular devido à proposta do teto de gastos e a reforma previdenciária, que deve ser enviada ao Congresso Nacional em dezembro. "Às vezes, me dizem: "Mas, Temer, você vai ficar muito impopular. Eu não me incomodo. Se eu ficar impopular, mas daqui a dois anos as pessoas perceberem que o País entrou nos trilhos, eu me dou por satisfeito", disse. 

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