O governo do Rio Grande do Sul, de José Ivo Sartori (PMDB), quitou na sexta-feira os salários de 1.512 servidores ativos e inativos vinculados ao Instituto de Previdência do Estado (IPE). Assim como a maior parte dos trabalhadores vinculados ao Executivo, o grupo estava com os vencimentos parcelados. A decisão do Tribunal de Justiça gaúcho bloqueou mais de R$ 4 milhões das contas do órgão no Banrisul para a medida. "Alegamos que o IPE tem autonomia econômica e financeira, podendo pagar os salários por conta própria", relata o presidente do Sindicato dos Servidores do IPE, Bayard Bernd (irmão do ex-deputado peemedebista Mario Bernd). A Justiça gaúcha já havia concedido uma liminar que obrigava o pagamento, mas a determinação não foi atendida. Desta vez, quem ratificou a ação em segunda instância foi a desembargadora Ana Paula Dalbosco. Em um trecho da decisão, ela fala sobre a alegação do Estado para não fazer o pagamento em dia. "O Estado do Rio Grande do Sul, por sua vez, invoca as já multiconhecidas razões para justificar o descumprimento da ordem", diz parte do despacho, referindo-se à crise financeira citada pelo Piratini. A folha mensal do IPE gira em torno de R$ 5,2 milhões. Com o pagamento de R$ 980,00 por matrícula, restaram os R$ 4 milhões que agora foram repassados aos servidores do órgão.
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