domingo, 7 de agosto de 2016

Marqueteiro João Santana falará à Procuradoria em sua delação premiada que Dilma sabia de caixa dois na sua campanha



O marqueteiro João Santana deve implicar a presidente afastada, Dilma Rousseff, em sua delação premiada, negociada com a Procuradoria. A informação é da revista "Veja". Segundo a reportagem, João Santana promete dizer aos procuradores que foi Dilma quem lhe garantiu que não faltaria dinheiro para a campanha de sua reeleição, em 2014. De acordo com a revista, o publicitário teria relutado em aceitar fazer a campanha por ter tido problemas com o pagamento na eleição de 2010. Dilma, no entanto, teria lhes assegurado que não haveria atraso nos pagamentos e que o então ministro Guido Mantega seria o responsável pela pelo caixa paralelo. Ainda segundo a publicação, Santana falará que o dinheiro custeou despesas pessoais e assessores de Dilma. A fala do marqueteiro contradiz a petista, que afirmou em julho não ter conhecimento de caixa dois em sua campanha. "Não autorizei pagamento de caixa dois para ninguém. Se houve pagamento, não foi com o meu conhecimento", disse, em entrevista para a rádio "Jornal Commercio", no dia 22. João Santana, informa a "Veja", promete falar sobre a campanha à reeleição do ex-presidente Lula, em 2006, que teria recebido dinheiro de forma ilícita. De acordo com a revista, a delação deve atingir ainda outros políticos, como a senadora Gleisi Hoffmann, que, diz o marqueteiro, teria mantido um flat em Curitiba para operar uma tesouraria clandestina de sua campanha à Prefeitura da cidade em 2008. João Santana deve citar o atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad, que também teria utilizado caixa dois na campanha de 2012. Além das campanhas de Lula, Dilma e Haddad, João Santana também foi responsável por eleger, em 2009, Mauricio Funes como presidente de El Salvador, José Eduardo dos Santos em Angola e Danilo Medina na República Dominicana em 2012, e ajudou na reeleição de Hugo Chávez na Venezuela. Essas eleições devem aparecer na delação. 

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