A Eletrobras estima que conseguirá entregar até 13 de outubro documentos exigidos pela bolsa de Nova York e pelo regulador de mercado norte-americano, que conterão valores de eventuais perdas com corrupção na companhia que tenham sido detectados durante investigações internas ainda em andamento na estatal, disse nesta quinta-feira (25) o diretor financeiro Armando Casado. O executivo disse que as investigações envolvem nove empreendimentos dos quais a Eletrobras é sócia, como as usinas de Angra 3 e Belo Monte, mas não quis citar o nome de todos projetos envolvidos no levantamento nem projetar se haverá custos com corrupção a serem descontados do balanço da companhia.
Neste mês, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que provisões já realizadas pela Eletrobras em balanços anteriores podem ser suficientes para cobrir esses custos, segundo informações das investigações às quais o governo teve acesso. A Eletrobras teve a negociação de seus papéis suspensa pela bolsa de Nova York por não entregar o formulário de informações financeiras 20-F após suspeitas de corrupção levantadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que apura propinas entre estatais, partidos políticos e empresas privadas. "A previsão de arquivamento (do 20-F), conforme previsto, é 13 de outubro, vamos trabalhar para isso... dentro do 20-F estará (valor de eventuais perdas com corrupção). Se tem, e quanto", disse Casado, durante reunião com acionistas em São Paulo.
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