Com a cassação do mandato do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), o suplente Pedro Chaves dos Santos Filho (PSC-MS), de 75 anos, poderá participar da sessão de votação nesta quarta-feira da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Empresário bem-sucedido do Mato Grosso, criador da Universidade para o Desenvolvimento do Pantanal (Uniderp), uma das maiores instituições privadas de ensino do Brasil, Chaves declarou em 2010 à Justiça eleitoral possuir patrimônio de R$ 69 milhões (valor não atualizado). No Senado hoje, apenas Tasso Jereissati (PSDB-CE), com R$ 389 milhões, Blairo Maggi (PR-MT), com R$ 152,4 milhões, e Eunício Oliveira (PMDB-CE), com R$ 99 milhões, informaram possuir patrimônio superior. O primeiro suplente do senador Delcídio é uma figura influente da alta sociedade de Campo Grande (MS) e tem amizade com o ex-presidente Lula e uma ligação familiar com o pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava-Jato: A filha dele, Neca Chaves Bumlai, é casada com Fernando Bumlai, filho de José Carlos, desde 2001. O empresário nunca foi candidato a qualquer cargo eletivo e só ingressou na política em 2010 ao aceitar o convite de Delcídio para ser seu primeiro suplente. Em mensagem publicada no site de Delcídio na época da campanha, Chaves dizia ter “enorme identificação” com o companheiro de chapa. “Nunca pensei em entrar para a política, mas o convite me deixou sensibilizado a participar, especialmente porque sei que, juntos, poderemos tocar grandes projetos na área de educação e formação de mão de obra, para que o nosso Estado continue crescendo e se desenvolvendo”, afirmou em 2010. Naquele ano, o empresário declarou à Justiça eleitoral ter doado como pessoa física R$ 350 mil à campanha de Delcídio. A mulher dele, Reni Domingos, doou outros R$ 350 mil. Em 2014, Pedro Chaves coordenou a campanha de Delcídio do Amaral ao governo de Mato Grosso do Sul. A disputa foi vencida pelo tucano Reinaldo Azambuja. Se Delcídio tivesse sido eleito governador, Chaves teria quatro anos de mandato no Senado.
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