sábado, 7 de maio de 2016

PSB decide na terça-feira apoio a governo Temer, mas sem indicações


A Executiva do PSB irá se reunir na próxima terça-feira para fechar posição em relação ao eventual governo do vice-presidente Michel Temer. A tendência é que o partido, que tem 31 deputados e sete senadores, declare apoio formal ao peemedebista, mas sem indicar cargos para o Ministério. Não deverá, porém, haver qualquer veto a participações no governo de socialistas que forem convidados pelo vice. A possível decisão do PSB se assemelha àquela adotada pelo PSDB, que decidiu prestar apoio no Congresso a Temer, mas sem ter indicações “oficiais” do partido. A diferença é que o PSB não pretende ter militantes da legenda no primeiro escalão do governo, enquanto há aos menos três tucanos cotados para vagas na Esplanada: o senador José Serra (SP) no Ministério de Relações Exteriores, o deputado Bruno Araújo (PE) no Ministério de Cidades e um terceiro nome, que poderia ser do senador Tasso Jereissati (CE), para a pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Segundo lideranças do partido, haveria na postura do PSB “um grau a mais” de distanciamento do governo do que pretende fazer o PSDB. "A maioria da Executiva do PSB considera coerente que o partido não faça indicações para o ministério, porque nós combatemos essa fórmula de governo de coalizão e achamos que o Michel tem que ter toda a liberdade para compor o governo da forma que ele entender melhor. O mais provável é que o partido colabore com o governo, mas sem indicar nomes", afirma um dirigente do partido. Não serão vetados, porém, convites individuais de Temer e acordos com parlamentares para ocupação de espaços nos estados. O PSB descarta “adotar” indicações de Temer na cota do partido, a exemplo do que o vice tenta fazer com o PP, que resiste em abraçar o nome do médico Raul Cutait como ministro da Saúde. É citado como exemplo o caso do advogado Antônio Mariz de Oliveira, que é filiado ao PSB, mas não tem qualquer atuação partidária. Ele foi cotado para ser ministro da Justiça e, depois, da Defesa.

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