O jornalista petista Breno Altman, que foi alvo da 27ª fase da Operação Lava Jato, usou em pedido ao juiz Sergio Moro o instituto do sigilo da fonte jornalística para pedir que não fosse dada publicidade ao material recolhido pelos investigadores. Altman, que é amigo do bandido petista mensaleiro e ex-ministro José Dirceu e próximo à cúpula do PT, foi levado para depor de maneira coercitiva no último dia 1º e também sofreu ação de busca e apreensão. Em petição a Moro, a defesa dele argumentou que os arquivos em seu computador e pen drives contêm pesquisas de cunho jornalístico e que a Constituição garante o direito do sigilo de fonte. Os advogados pediram que os dados extraídos permanecessem acessíveis apenas às "partes com interesse processual". O jornalista dirige o site "Opera Mundi". Moro negou o pedido em despacho nesta quarta-feira (13). Disse que é "inviável" decretar sigilo sobre material ainda não examinado pelos policiais e de natureza não informada. Mas determinou que a polícia, "diante da profissão" de Altman, aja com "cautela" e só anexe ao inquérito o que for de interesse criminal relevante. Ao depor na 27ª fase da Lava Jato, Altman disse que emprestou dinheiro para o doleiro Enivaldo Quadrado, condenado no processo do Mensalão do PT, pagar em 2015 uma multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal. Mas disse que o empréstimo foi pessoal, pela relação de amizade, e não teve nenhuma relação com o PT.
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