sexta-feira, 15 de abril de 2016

Ex-namorada do ditador indio cocaleiro Evo Morales diz que apresentou filho dos dois à Justiça

Uma ex-namorada do ditador Bolívia, o índio cocaleiro Evo Morales, afirmou que apresentou a um tribunal do país o filho que teve com o mandatário, seguindo um pedido do próprio presidente. O caso tem ganhado destaque desde o início do ano, quando se tornou tema de debate político e jurídico no país.

Segundo informações publicadas pelo jornal boliviano "La Razón", Gabriela Zapata, apresentou a criança nascida em 2007, mas não forneceu detalhes sobre o caso por haver determinação de sigilo judicial. "Sim, Perante a autoridade competente, apresentei-o como pediu seu pai, e quero dirigir-me diretamente a ele, que, por favor, tome medidas sobre este assunto e o proteja", disse, ao sair de uma audiência judicial. Gabriela Zapata está presa desde de fevereiro, acusada de tráfico de influência, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. A oposição acusa o ditador indio cocaleiro Evo Morales de ter beneficiado a ex-namorada. O presidente nega e, por sua vez, diz que o caso foi usado pela oposição para prejudicá-lo no referendo que, no mês passado, rejeitou a possibilidade de o presidente concorrer a um quarto mandato à Presidência do país. A informação de que o presidente, solteiro e sem filhos, teria um herdeiro surgiu em 3 de fevereiro. O jornalista Carlos Valverde mostrou como prova uma certidão de nascimento da criança. Dois dias depois, o presidente admitiu a relação e o nascimento da criança, que, segundo Morales, teria morrido ainda em 2007. No final de fevereiro, uma tia de Zapata disse que o menino estava vivo, mas a ex-namorada negou. Diante da versão de que a criança existia, ao contrário do que alegava, Evo Morales apresentou um processo contra Gabriela para que ela apresentasse o menino e se ofereceu para ficar com ele. Em março, o Ministério Público da Bolívia chegou a informar que nunca existiu o filho de Morales e Zapata. Segundo os investigadores, ela havia falsificado documentos para atestar o nascimento da criança. Na ocasião, o procurador-geral do país, Ramiro Guerrero, afirmou que Zapata apresentou ao cartório uma declaração de maternidade do Hospital da Mulher de La Paz, correspondente a uma criança nascida em 2006. Na certidão, o menino aparece como se tivesse nascido em 30 de abril de 2007. Guerrero afirmou também que não existe documentação que confirme a internação de Zapata no hospital no período descrito na declaração.

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