sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Sete Brasil avalia renegociar preço com Petrobras


Todos os valores envolvidos no contrato de construção de sondas do pré-sal pela Sete Brasil para a Petrobras poderão ser renegociados como parte do processo de reestruturação da empresa, incluindo multas previstas e até mesmo o preço de afretamento das unidades pela petroleira, informou uma fonte próxima às negociações. A Alvarez & Marsal, consultoria especializada em reestruturação e recuperação de companhias, que tem uma equipe dentro da Sete Brasil, vai apresentar, em dez a 15 dias, modelos de planos possíveis para dar um futuro à empresa: "A consultoria vai elaborar possibilidades com base em cenários que variam conforme o número de sondas contratadas. Hoje, se fala em 14 (das 28 previstas em 2011), mas podem ser menos", explica essa fonte. A decisão da Petrobras, do número de sondas, vai permitir calcular o impacto da encomenda na operação da Sete. Pode ser que exista um mínimo para que a operação seja viável. Abaixo disso, justificaria o fechamento da companhia. Até agora, as alternativas incluem desde um plano de reestruturação do negócio, passando pela recuperação judicial, até o fim da Sete, que acumula dívidas de R$ 17 bilhões. A empresa foi criada em 2010 para viabilizar a construção de sondas para o pré-sal, mas está em crise desde 2014. Nos próximos dias, segundo a fonte, o Fundo Garantidor da Construção Naval, administrado pela Caixa Econômica Federal, deverá quitar parte da dívida da Sete com os bancos, ou 30% da dívida total. Com isso, entrará para o grupo de credores.

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